No início do século XIX o café
atingiu alto valor no mercado europeu.
Aproveitando essa oportunidade,
em 1830 já era o produto mais exportado pelo Brasil,
desbancando o ouro e o açúcar.
A principal região produtora de café era o Vale do Paraíba e, Paraty era o porto mais próximo para embarcar o café com destino a Europa. Começava na vila um movimento nunca antes visto.Mais de 20.000 animais passavam por ano carregados com sacas de café e outros produtos agrícolas para serem vendidos no Rio de Janeiro.
Renasceu o comércio, apareceram armazéns que compravam e/ou estocavam o café e que era inclusive plantado no município.
Nessa mesma época a economia paratiense foi beneficiada com a vinda da família real em 1808 para o Rio de Janeiro. Acompanhada de toda a nobreza de Portugal e acostumada com elevados índices de consumo, os produtos paratienses eram rapidamente vendidos na capital. Para atender essa demanda, havia uma navegação regular entre Paraty e o Rio de Janeiro feita por dez barcos a vela e um a vapor.
Com o fruto dessa atividade comercial, foi possível construir mais uma igreja - a de Nossa Senhora das Dores. Paralelo e pouco distante do Caminho do Ouro, abriu-se um novo caminho, todo calçado de pedra para que os tropeiros passassem com mais segurança. Em 1808 a população foi calculada em 6.128 habitantes.
Foi nesse período de crescimento que o calçamento das ruas da vila foi terminado. Em 1830 contava-se na vila mais de 400 casas, sendo 40 sobrados, e aproximadamente 10.000 habitantes, dos quais 3.500 eram escravos. Tão intenso estava o desenvolvimento da vila que em 1844 foi elevada com o título de cidade. Nas casas do centro predominavam a arquitetura de armazéns e lojas, com portas no lugar de janelas e, quando sobrado, o comércio era no térreo e a residência no andar superior.
Em 1850 contava-se mais de 150 alambiques em Paraty e 16.000 habitantes. Entretanto a riqueza ficava na mão de poucos. O relevo montanhoso e recortado por vários rios dividia naturalmente as propriedades rurais entre vários pequenos agricultores e/ou produtores de aguardente (no censo de 1920 Angra dos Reis possuía 15 propriedades rurais enquanto em Paraty havia 133).
Os intermediários, com seus armazéns e barcos para vender a mercadoria no Rio de Janeiro, conseguiam impor os preços ao produtor garantindo assim boa margem de lucro.
Havia em Paraty,
assim como em todo Brasil colonial,
três classes de casa de negócios:
comerciantes, negociantes e vendeiros.
A primeira delas era formada pelos proprietários de grandes capitais de giro, que compravam toda a produção das fazendas ou importavam diretamente os produtos da Europa, ficando com toda a carga dos navios que chegavam. Esses vendiam as negociantes que revendiam ao público final e aos vendeiros (proprietários de pequenas vendas nas áreas rurais). Fonte: www.paraty.tur.br
Ciclo do Café
Café-Brasil
O café entrou no Brasil
pelas mãos de um português,
o comerciante Melo Palheta, que plantou algumas mudas
num fundo do quintal em Belém do Pará em 1727.
Dali o café percorreu todo o litoral brasileiro, sempre em pequenas plantações para uso da casa ou em vendas e quitandas.Mas, um século depois, já havia grandes plantações no Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, de onde abraçou para São Paulo.
Escolhido pelos fazendeiros como produto de exportação nas terras do Sul, o cafeeiro mostrou que podia produzir muito mais e os mercados europeus pagavam muito bem pela bebida que se tornava moda.
Em Campinas, os cafeeiros encontraram as primeiras terras roxas e o resultado foi melhor ainda.
Em 1850, o café era o nosso primeiro produto de exportação. Os fazendeiros enriqueciam e abriam novas fazendas, compravam cada vez mais escravos para o trabalho na terra. Estimulava-se a vinda de todas as raças para o Brasil.
O café normalmente, levava 4 anos para a primeira colheita. No Norte do Paraná as primeiras colheitas confirmaram o "O Ouro Verde" que se tinha.
Mal começavam a plantar café
no Norte velho do Paraná e os trilhos da estrada de ferro
Sorocabana chegavam até Ourinhos
fronteira com S. Paulo.
Em 1924, Lord Lovat conhece as primeiras terras e fazendas do norte do Paraná e conclui que não haveria lugar melhor para o plantio do algodoais e cafezais.
Por isso a base econômica forte da época em Arapongas e região foi basicamente o Café.
Fonte: www.cmarapongas.pr.gov.br
O café pode trazer algum benefício à saúde?
Quais?
O café consumido
moderadamente (4 xícaras diárias)
não causa doenças em pessoas normais e saudáveis,
da infância a velhice.
Mas pessoas que possuem doenças como gastrite, doença do refluxo gastroesofágico, úlcera péptica, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno do pânico, palpitações devido arritmias cardíacas, hipertensão arterial ou doença isquêmica do coração devem ter cuidado no consumo de café, pois ele podem agravar os sintomas ou a doença, principalmente se consumido em excesso.
Por isto, toda pessoa que possua qualquer doença mental, cardíaca, gástrica ou outras, deve consumir café com moderação e preferencialmente após ouvir os conselhos de seu médico.
Caso sinta
qualquer intolerância ao café,
deve parar de consumi-lo.
É importante lembrar que o café não é remédio, isto é, não cura doenças, mas pode ser um agente a mais que ajuda na prevenção de várias doenças e problemas. Pesquisas médicas mostram que o café pode prevenir a depressão/ suicídio mas pacientes com depressão e idéias suicidas precisam de tratamento médico especializado, pela gravidade da doença, perfeitamente tratável com grande sucesso com medicamentos e terapia cognitivo-comportamental. Pacientes alcoólatras também precisam de tratamento médico e o consumo de café ajuda a manter a remissão do alcoolismo, evitando um grave problema do alcoolismo, a cirrose.
O café melhora a atenção, concentração e o aprendizado escolar, sendo a bebida mais recomendada para estudantes de todas as idades, em casa e na merenda escolar. Estudos mostram também que o café pode atuar na prevenção do câncer de cólon e reto, doença de Parkinson , depressão/suicídio, doença de Alzheimer, obesidade infantil, diabetes do adut, cálculos biliares e cancer de figado.
No ano passado o cafe foi o alimento funcional com maior numero de artigos cientificos positivos na literatura medica.
O café é estimulante?
Um dos compostos do café, a cafeína possui atividade estimulante do sistema de vigília do cérebro, antagonizando o neurotransmissor que causa sonolência depois do almoço e o sono à noite, a adenosina. Desta forma o café com cafeína aumenta a vigília diurna, particularmente depois do almoço ou combatendo a sonolência de motoristas, onde este problema é uma importante causa de acidentes em estradas.
Durante a noite a cafeína
bloqueia parcialmente o sono e pode causar insônia,
sendo por isto uma bebida diurna.
Mas alguns profissionais ( vigias, plantonistas, jornalistas) que trabalham a noite tomam café e assim se habituam aos seus efeitos, mudando o ritmo do sono.
A cafeína do café pela manhã e em quantidades moderadas aumenta a atenção e o aprendizado escolar de estudantes, por isto o café puro ou com leite é a bebida ideal para a merenda escolar.
Em atletas treinados a cafeína pode ajudar no desempenho físico sem ser considerada substância proibida pois foi excluída da lista proibida pelo Comitê Olímpico Internacional e pela Agencia Mundial contra Drogas – www.wada.org.
O café faz mal?
Em excesso o café pode fazer mal da mesma forma que o excesso de sal (aumento da pressão arterial), de alimentos (aumento do colesterol e problemas cardiovasculares), de vitaminas (intoxicações) ou mesmo de exercícios (asma, problemas cardíacos, articulares, etc). Não há nenhuma evidência conclusiva que indique que uma quantidade moderada de café faz mal à sua saúde, o equivalente a 3 a 4 xícaras diárias. Pessoas que possuem maior sensibilidade a cafeína podem tomar menos ou café descafeinado.
O café inibe o sono?
Sim, para a grande maioria das pessoas o café consumido a noite altera, retarda ou tira o sono. Muitos culpam o café de perturbar seu sono e evitam tomá-lo à noite. O café é uma bebida diurna que acorda e reanima durante o dia e todos conhecemos seu efeito imediato de nos manter alertas. Mas existem pessoas que toma café a noite e dorme perfeitamente bem como outras que tomam bastante café durante o dia ( até 7 xícaras diárias ) sem mudanças no hábito de dormir ou no ritmo do sono. Dirigir com sono causa mais mortes e ferimentos graves do que dirigir alcoolizado.
Um modo de combater de forma segura a sonolência, em particular quando o motorista já está tendo que lutar contra o sono consiste em PARAR de dirigir, TOMAR uma ou duas xícaras de café (mais ou menos 150 mg de cafeína no total) e cochilar ou DORMIR uns 15 minutos.
Nas zonas urbanas, onde o motorista sonolento está cercado de coisas para ver e fazer, o número de acidentes graves pode ser pequeno. Em trechos longos e monótonos das estradas principais, que pouco exigem do motorista, a situação piora muito.
Não há problemas quando estamos alerta, mas ao dirigimos quando normalmente estaríamos dormindo ou estamos muitos cansados, o risco de uma colisão aumenta significativamente. Por isto quando dirigir, só beba café.
O café não causa dependência?
Uma das principais críticas das pessoas que não gostam ou que ainda possuem preconceito contra o café é de que a bebida causa dependência. Talvez seja pela água que o café possui. Pois caso uma pessoa seja colocada numa sala com alimentos, mas sem água por uns poucos dias, ela reclamará a falta da água.
E apresentará sinais de dependência da água.
Boca seca, sede intensa, apatia,
prostração e fraqueza são sinais iniciais
da falta de água.
A seguir podem surgir delírios, alucinações e alterações do comportamento. A pessoa lentamente fica confusa e perde a consciência. A seguir entra em coma e morre. A primeira coisa que cada ser humano faz ao nascer é se tornar dependente químico. Ao respirar pela primeira vez o recém-nascido torna-se dependente do oxigênio para todas as atividades bioquímicas de seu organismo.
A seguir torna-se dependente químico do mais nobre dos alimentos: o leite materno. Por isto podemos ser dependentes de coisas saudáveis, como água, leite, café e exercícios (hábitos saudáveis) ou dependentes químicos de substâncias que prejudicam a saúde (vício), como o tabaco, álcool e drogas ilegais.
O café pode ajudar a aliviar a dor de cabeça?
Como muitos sofrem de dor de cabeça, novas pesquisas que sugerem que uma xícara de café pode aliviar os sintomas é uma boa notícia para todos nós.
Num estudo recente, 301 pessoas que costumavam sofrer de dor de cabeça tomaram uma combinação de um analgésico conhecido (ibuprofen) e cafeína. Num espaço de seis horas, 80% dos pacientes observados melhoraram significativamente, em contraste com 67% dos que só tomaram o analgésico.
A cafeína é freqüentemente acrescentada aos medicamentos contra a dor porque melhora sua absorção e aumenta seu efeito analgésico. Muitos afirmam que a cafeína de uma xícara de café forte pode contribuir para o alívio de uma enxaqueca ou, até mesmo fazê-la passar, quando ingerida nos primeiros momentos da dor de cabeça.
Sabe-se que as substâncias que dilatam os vasos sangüíneos, como o álcool, pode causar dores de cabeça vasculares. As substâncias vasoconstritoras, como a cafeína, podem ajudar a combater os efeitos dolorosos da dilatação dos vasos sangüíneos da cabeça.
O fenômeno da depressão alastrante de Leão também é importante na enxaqueca e mais pesquisas são necessárias para entender o papel do café e cafeína na enxaqueca.
A cafeína pura é comercializada e muito usada nos Estados Unidos para tratamento da dor de cabeça (cefaléia) que ocorre após a punção lombar feita por médicos para exames do líquor (líquido da espinha).
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/ciclo-do-cafe/ciclo-do-cafe.php
Sejam felizes todos os seres. Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.
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