sábado, 8 de junho de 2013

FAVO


Beethoven -La Pastorale  (rai ) 45m
Abelhas - O Mundo Secreto dos Jardins 22min.
 Abelhas solitárias -22m



Honey comb.jpg


Os favos são estruturas feitas de cera ou fibras vegetais usadas por abelhas e vespas para construção de seus ninhos. Divididos em células chamadas de alvéolos, os favos são usados para armazenar alimento ou para o desenvolvimento da cria. A disposição dos favos nas colônias e o formato dos alvéolos variam de acordo com a espécie de abelha ou vespa. No caso das abelhas da espécie Apis mellifera os favos são construídos na posição vertical, com cera produzida pelas próprias operárias, e os alvéolos tem formato hexagonal.

Futurando!

Abelhas sem ferrão são alternativa para produção de mel em centros urbanos

Cientistas estão preocupados com a diminuição da população de abelhas e buscam soluções ao problema. Estes insetos são peças fundamentais na polinização de vegetais. 

O Futurando mostrou a preocupação de cientistas com a redução no número de abelhas e algumas iniciativas para a criação desses insetos em espaços urbanos. Isso porque é preciso encontrar formas de assegurar a fertilização das plantas, na qual as abelhas exercem um importante papel.

A polinização é um processo fundamental para a produção de alimentos e as abelhas são as grandes responsáveis por garantir a reprodução das espécies que precisam de ajuda externa para mover o pólen das anteras (gametas masculinos) para os estigmas (femininos).

Estima-se que existam entre 25 e 30 mil espécies de abelhas no mundo. Elas contam com a ajuda de moscas, vespas, besouros, borboletas ou mesmo de algumas espécies vertebradas para assegurar a reprodução de pelo menos 80% dos vegetais. Os dados são apontados por um relatório em inglês sobre as abelhas e seu papel na sustentabilidade das florestas, publicado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação.

O documento relata ainda que nas florestas tropicais e outras coberturas vegetais de clima quente, apesar de pouco reconhecido, o papel das abelhas é fundamental. Muitas espécies de plantas e animais não sobreviveriam sem o trabalho desses insetos, já que a produção de sementes, nozes, castanhas e frutas entraria em colapso.

Algumas plantas precisam da visita de várias abelhas para assegurar que o processo de fertilização seja completo. O relatório aponta como exemplos o morango – que precisa de pelo menos 20 grãos de pólen – e as maçãs, que precisam de quatro ou cinco abelhas para completar seu ciclo. Se a fertilização for inadequada por causa da falta de abelhas, nem todas as sementes se desenvolverão.

Adaptação
Como o programa mostrou, alguns apicultores têm investido na criação de abelhas em áreas urbanas. Entre tantas espécies, algumas se adaptam melhor ao propósito e podem até mesmo conviver pacificamente com pessoas e animais domésticos. Entidades como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) chamam a atenção para as facilidades na criação de abelhas sem ferrão, especialmente da subfamília Meliponinae.

Embora essas abelhas produzam menos do que as tradicionais melíferas, seu mel tem maior valor de mercado justamente por ser mais raro. Além disso, pesquisas em laboratório apontaram outras vantagens: o mel das meliponíneas é considerado medicinal.

  • Data 05.01.2013
  • Autoria Ivana Ebel
  • Edição Roselaine Wandscheer
Fontes:
Wikipédia
 http://www.dw.de/abelhas-sem-ferrao

sexta-feira, 7 de junho de 2013

REVOLUÇÃO DOS NEOCAFÉS - J.S.Bach - A Cantata do Café



 
J.S.Bach - Cantata do Café - 5m


Revolução dos neocafés



Por Luiz Horta

Como demonstra Isabela Raposeiras no seu Coffee Lab (e em aula no 7º Paladar – Cozinha do Brasil), tomar café não é mais beber aquele pó velho e queimado passado por uma máquina desregulada e suja. O café é nuançado, sutil, exprime terroir, tem complexidade que varia como as uvas. E precisa ser completamente diferente do que nossos hábitos culturais fizeram dele: nem superquente nem superconcentrado.

Em minha temporada atual, entre Berlim, Paris e Copenhague, andei visitando as neocafeterias, onde reina a marca japonesa Hario, com seu famoso filtro V-60 (com algum Chemex aparecendo aqui e ali). O ambiente é parecido em todas as cidades: quase não há o que comer e o café é o centro, para ser sorvido com lentidão.



Tempo vagaroso que se repete no caso de fazê-lo em casa: o slowffee, ritual do café devagar, que precisa de tempo disponível, atenção, lentidão. A moagem não é de pó fininho: tem de ser meio arenoso, moído grosso, tátil, algo que se sente com os dedos. Os grãos são mais para o claro e mostram toque amendoado, de semente, recuperando o lado “natureza” do café.

O coador de papel precisa ser umedecido antes. A temperatura não pode ser alta (aqui em Berlim minha cafeteira mostra a temperatura da água – paro nos 95°C, antes que ferva). Muita frescurite, afetação até, mas compensa, porque grãos caros e raros, como os grand crus da Etiópia, têm bouquet e sabores que não se acham nos cafés corriqueiros.

Os lugares de café ritmado ficam em bairros boêmios-chiques: Brooklin em Nova York, East End em Londres, Marais em Paris, Prenzlauer Berg em Berlim e Norrebro em Copenhague. Os baristas têm barba, óculos de armações enormes, camisas de flanela, são indies, com pé no hipster. E são muito blasés – ai de você se pedir um prosaico café com leite, sem maiores qualificativos… Não há música, mas Wi-Fi é imprescindível. O The Barn em Berlim proíbe celulares e desaconselha a presença de crianças. As tortas são monásticas, finas, ácidas, quase só fruta. O Coffee Collective, em Copenhague, nem tem algo para comer.

Meio obsessivo e chato? O café justifica. Grãos do mundo todo tratados com rigor. Torrefação experimental de cada microlote. A chamada cupping, prova maciça uma vez por semana. Dessa grande tostagem e degustação saem os produtos vendidos por curto tempo. Normalmente há uns três tipos à venda por semana. E o atendente é um psicanalista da cafeína: quer mais frutado? Buzira, do Burundi. Mais ácido com toque de caramelo no aroma? Yukro, da Etiópia. Robusto no corpo, mas sutil no sabor? Palma Real, de El Salvador.

Não é a variedade que domina (mesmo que a La Caféotheque de Paris ofereça mais de 20 tipos de grãos), mas o modo de tratar a matéria-prima. Sempre há cafés do Brasil, mencionados com respeito. Pena que tão poucos brasileiros saibam do real sabor e valor dos cafés do País. Sim, o café brasileiro é dos melhores do mundo, só precisa ser manuseado como tal.

De todos os slowffees visitados, os que mais impressionaram foram o Coffee Collective, espécie de Vaticano para os cafezistas, em uma rua estreita de Copenhague; em Berlim, o The Barn, pelo rigor enorme, calvinista, com que a bebida é tratada; e o Five Elephant, pela qualidade da matéria-prima. Mas a cada dia aparecem novos e bons: só para citar, o Bonanza Coffee Heroes, o No Fire No Glory, berlinenses; e o KBCafé South Pigalle, em Paris.

Um café tomado enquanto escrevo este artigo (como escrevê-lo sem o empurrão da cafeína?), feito em casa com grãos de El Desarollo, da Colômbia, tem a cor translúcida e havana-clara de chá, coado com o filtro Hario V-60 do No Fire, No Glory. É suntuoso, almiscarado, tem acidez fantástica, deve ser bebido morno, e está inacreditavelmente complexo, cada golada revela um sabor. Uma xícara de 125 ml me tomou mais de meia hora para beber, aproveitando as mutações com a temperatura e a exposição ao oxigênio. Vinho? Parece, no modo de abordá-lo e aproveitá-lo.

O novo café não tem volta. Depois de algo assim, todos os expressos ficam iguais, amargos, desequilibrados e sem gosto, caldo preto queimado. Puá!…


No Fire, No Glory. Rykerstrasse 45, Berlim. 
Uma das novidades promissoras na capital alemã

Coffee Collective. Jaegerborgadde 10, Copenhague.
 Nesta espécie de Vaticano para os cafezistas, a atenção está voltada para o café;
não há nem mesmo algo para comer.

Five Elephant. Reichenbergerstrasse 101, Berlim.
 Impressiona pelo rigor no preparo e qualidade da matéria-prima.

The Barn. 8 Schönhauser Allee, Berlim. 
Café tratado com rigor calvinista.

 
 
Clärchens Ballhaus,Berlin
"Schweist stille, plaudert nicht" (Coffee Cantata) BWV 211- 30m
“J. S. Bach - "Schweigt stille, plaudert nicht" ("Kaffeekantate"), BWV 211 (Ton Koopman)” 

 — The Amsterdam Baroque Orchestra & Choir Conductor - Ton Koopman

The Amsterdam Baroque Orchestra & Choir
Conductor - Ton Koopman
Soprano - Anne Grimm
Tenor - Lothar Odinius
Bass - Klaus Mertens

Schweigt stille, plaudert nicht (Be still, stop chattering) (aka The Coffee Cantata) (BWV 211):
1. Schweigt stille, plaudert nicht
2. Hat man nicht mit seinen Kindern
3. Du böses Kind, du loses Mädchen
4. Ei! wie schmeckt der Coffee süße
5. Wenn du mir nicht den Coffee lässt
6. Mädchen, die von harten Sinnen
7. Nun folge, was dein Vater spricht
8. Heute noch, lieber Vater, tut es doch
9. Nun geht und sucht der alte Schlendrian
10. Die Katze lässt das Mausen nicht

Estado de São Paulo



05/06/2013, blogcafe,
FOTOS: Luiz Horta/Estadão
http://www.revistacafeicultura.com.br/
Eliahavani·44 vídeos
Enviado em 16/01/2012-Licença padrão do YouTube