quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

HÁ UM RIO ACIMA DE NÓS : Antonio Donato Nobre at TEDxAmazonia


HÁ UM RIO ACIMA DE NÓS 
  Antonio Donato Nobre 



Antonio Donato Nobre estuda as interações entre florestas e atmosfera. Sua pesquisa revelou que há verdadeiros rios de vapor correndo sobre a floresta amazônica e transportando a umidade para grande parte do continente. Graças a esses rios, a América do Sul não é um deserto como a África. Sua pesquisa mostra a fragilidade da floresta em um cenário de mudanças climáticas e do enorme risco que corremos se a perdermos.
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Sobre TEDx, x = evento organizado de forma independente

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 Cientista brasileiro Antonio Nobre. / PABLO CORREA

Ele foi o primeiro a falar no III Encontro Panamazônico realizado em Lima, nos dias 6 e 7 de agosto. Tem um discurso apaixonado e uma qualidade um tanto rara para um cientista: sabe combinar dados com histórias, explicação com emoção. Antonio Nobre, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), conta nesta conversa qual é a mágica da Amazônia, em que consistem seus segredos e por que as mudanças climáticas e o desmatamento a ameaçam seriamente...

- Já estamos no ‘Dia depois de amanhã’ das mudanças climáticas? Estamos em uma situação bastante grave. A ponto de a comunidade científica, que não costuma concordar entre si, ter formado um bloco com uma convicção homogênea sobre o assunto. As mudanças climáticas não são mais só uma projeção.

- E como essa situação de gravidade se manifesta na Amazônia? No desmatamento, que remove a capacidade de a floresta se manter. Ela conseguiu se manter por milhões de anos, em condições adversas. Mas hoje sua capacidade está reduzida. Antes havia duas estações na Amazônia, a úmida e a mais úmida.

- Que eram facilmente reconhecíveis. Agora temos uma estação úmida moderada e uma estação seca. E a seca tem um efeito muito perverso. Porque quando não chove as árvores se tornam inflamáveis. O fogo entra e já não existe mais uma floresta tropical.

Os jatos verticais e o pó de fadas

- Apesar de tudo, a Amazônia ainda guarda cinco segredos. É algo que os povos indígenas sempre souberam e que a nossa civilização não percebeu. Mas, nos últimos 30 anos, a Ciência revelou esses cinco segredos. O primeiro é como a floresta Amazônia mantém a atmosfera úmida mesmo estando a 3.000 quilômetros do oceano...

...E fazer com a que a chuva chegue até a Patagônia. E aos Andes, por 3.000 ou quase 4.000 quilômetros. Outras partes do mundo que estão longe do oceano, como o deserto do Saara, não recebem água. Mas na América do Sul não há esse problema, e isso se deve ao primeiro segredo: os jatos de água verticais.

- E qual é o segredo desse segredo? É que as árvores da Amazônia são bombas que lançam no ar 1.000 litros de água por dia. Elas a retiram do solo, a evaporam e a transferem para a atmosfera. A floresta amazônica inteira coloca 20 bilhões de toneladas de água na atmosfera a cada dia. O rio Amazonas, o mais volumoso do mundo, joga no Atlântico 17 bilhões de toneladas de água doce no mesmo intervalo de tempo.

- É incrível. Como isso foi descoberto? Fazendo medições. Com torres de estudo, com satélites que detectavam esse transporte de vapor d’água, que é um vapor invisível.

- Produzido pelas árvores quase que por magia. A magia vem no segundo segredo. Como é possível que caia tanta chuva, se o ar da Amazônia é tão limpo, já que o tapete verde cobre o solo? O oceano também ter um ar limpo, mas não chove muito sobre ele. Nós, cientistas, desvendamos um mistério.

- Qual? Para formar uma nuvem de chuva, que são gotas de água em suspensão, é preciso transformar o vapor baixando a temperatura. Mas se você não tem uma superfície de partículas, sólida ou líquida, para gerar essas nuvens, o processo não começa.

“A floresta amazônica coloca 20.000 milhões de toneladas de água na atmosfera por dia”

- Então o que é que a floresta faz?Produz o que chamamos de pó de fadas. São gases que saem das árvores e que se oxidam na atmosfera úmida para precipitar um pó finíssimo que é muito eficiente para formar chuva.

- Parece uma fábula. É que a floresta manipula a atmosfera constantemente e produz chuvas para si própria, uma coisa quase mágica. Os gases saem das árvores. São como perfumes e se volatilizam.

- Uma espécie de grande fragrância sustentável. É um oceano verde, diferente do azul. O azul não tem esse mecanismo porque carece de árvores. Tem as algas, que produzem um pouco, mas não como o verde.



A bomba natural e os rios voadores
- Vamos ao terceiro segredo. Vamos. Na Amazônia, o ar que vem do hemisfério norte cruza do Equador, entra e vai até a Patagônia. Até lá chega esse ar úmido, que vem do Atlântico equatorial.

- Com os ventos alísios. Sim, com os ventos alísios que trouxeram as caravelas dos europeus, há 500 anos. Mas os alísios do oceano sul sopram para o norte. O que faz esses ventos irem contra a tendência de circulação global? Dois físicos russos com quem eu colaboro responderam a essa pergunta ao estudar o efeito do vapor dos jorros verticais amazônicos.

- Mais uma vez os jatos verticais. Eles descobriram que, pela física fundamental dos gases, essas condensações de vapor puxam o ar dos oceanos para dentro do continente e criam uma espécie de buraco de água. É como uma bomba natural. A floresta traz sua própria umidade do oceano.

“Onde há florestas não há seca, nem excesso de água, nem furacões, nem tornados. É como uma apólice de seguros”
- E ainda tem mais... O quarto segredo é a transferência dessa umidade amazônica para outras regiões: os Andes no Peru, os páramos da Colômbia... Se você olhar o mapa do mundo, vai descobrir que existe um cinturão úmido que passa pelo Equador, pela África e pelo sudeste asiático.

- É a linha do Equador. Sim, mas é na linha dos trópicos, o de Câncer ao norte e o de Capricórnio, ao sul, que estão todos os desertos. O do Atacama, no Chile, o da Namíbia, na África. Mas essa área que concentra 70% do PIB da América do Sul - que vai de Cuiabá a Buenos Aires, de São Paulo aos Andes – é úmida! Apesar de estar na linha dos desertos.

- E qual o mistério dessa área? Chama-se rios voadores. É uma grande massa de ar úmido bombeada pela Amazônia contra os Andes, que são uma parede de mais de 6.000 metros de altura. É assim que essa massa chega a áreas onde deveria haver deserto. Por isso chove na Bolívia e no Paraguai.

- Falta, finalmente, o quinto segredo. O quinto segredo é que, se você colocar em um gráfico todos os furacões que já aconteceram na história – e a NASA já fez isso – na região das florestas equatoriais não há nenhum deles. E essa região é a que tem mais energia porque a radiação solar é muito intensa.

“O sistema terrestre é um organismo e está muito doente"
- Deveria haver ciclones, como na Índia e no Paquistão. Eles não existem porque o topo da floresta, onde estão as copas das árvores, é áspero e faz com que os ventos sejam obrigados a dissipar sua energia, o que acalma a atmosfera.

- Mas ocorrem tempestades. Claro, mas elas não costumam ser destruidoras. Onde há florestas não há secas, nem excesso de água, nem furacões, nem tornados. É como uma apólice de seguros contra os fenômenos atmosféricos extremos.

A guerra contra a ignorância

- Agora esses cinco segredos estão em risco... O problema se chama desmatamento. Se tirarem a metade do fígado de um bêbado, vai ser difícil para ele lidar com o álcool. É isso o que está acontecendo com a Amazônia. Estamos retirando um órgão do sistema terrestre.

- Então a Amazônia não é o pulmão, mas sim o fígado do planeta? É o pulmão, o fígado, o coração... É tudo! Essa bomba natural da qual falei é um coração que pulsa constantemente. O pó de fadas também funciona como uma vassoura química contra substâncias poluentes, como o óxido de enxofre. O melhor ar é o da Amazônia.

- E, apesar disso, continuamos destruindo a floresta. Se você chega com uma motosserra, com um trator ou com fogo, a Amazônia não pode se defender. As intervenções do homem podem ser benéficas, como na medicina, mas também terríveis, como a motosserra. Por isso eu proponho um esforço de guerra.

- No que consistiria esse esforço? Seria uma concentração de forças para resolver um problema que ameaça tudo. Hoje a ciência nos permite saber que a situação é gravíssima. E o que eu proponho é lutar contra a ignorância, o principal motivo da destruição da floresta amazônica.

- Parece que as prioridades mundiais são outras. Em 2008, os bancos foram salvos em 15 dias. Foram gastos trilhões de dólares nisso. A crise financeira não é nada comparada à crise ambiental.

“A ciência hoje nos permite saber que a situação é gravíssima.
 Temos que lutar contra a ignorância”

- O que está acontecendo? Estamos embriagados com a civilização? É uma embriaguez primitiva. Quando você vai ao médico e ele diz que você tem uma doença em estágio avançado, o que você faz? Continua fumando? O sistema terrestre é um organismo e está muito doente. A parte contaminante é a parte mais degenerada do ser humano.

- Podemos curar a Amazônia dessa doença? Eu acredito que se tivermos uma capacidade semelhante à que tivemos para salvar os bancos, sim. Porque a floresta tem um poder de regeneração impressionante.

- E, além disso, ela deveria ser importante para todo o mundo. A atmosfera tem uma coisa chamada teleconexões. Um modelo climático pode demonstrar que as mudanças na Amazônia vão afetar os ciclones na Indonésia.

- Então, o maior segredo é acordar... E saber que o que fazemos agora é determinante. As gerações posteriores vão sofrer com as más escolhas de hoje. A geração que está na Terra hoje tem nas mãos os comandos de um trem que pode ir para o abismo ou uma oportunidade para se viver muito mais.

Fontes:
Enviado em 14 de mar de 2011- Licença padrão do YouTube
http://brasil.elpais.com/brasil/2014/08/14/sociedad/1408010925_555437.html
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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

CUPINS - O SANTUÁRIO INTERIOR -Documentário: UNIVESP


Documentário: Cupins - O Santuário Interior - 52 min.


Documentário: Cupins - O Santuário Interior
Eles não toleram a luz solar, alguns deles são completamente cegos mas estão entre os construtores mais engenhosos do mundo.

univesptv

Publicado em 5 de dez de 2014-Licença padrão do YouTube
 Sejam felizes todos os seres.Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.

sábado, 6 de dezembro de 2014

ABELHAS EM PERIGO DE EXTINÇÃO



Sumiço das Abelhas - 26 min.i.

Abelhas   em   perigo   de   extinçao

Posted by  on 06/12/2014
Escala da extinção das abelhas nos EUA 
mostra uma catástrofe para a produção de Grãos


As plantas com flores requerem insetos para a sua polinização (reprodução). O inseto mais eficaz e perfeito para essa tarefa é a abelha, que poliniza cerca de 90 tipos diferentes de culturas de alimentos comerciais no mundo inteiro. Assim como a maioria das frutas e vegetais – incluindo as maçãs, laranjas, morangos, cebolas, cenouras – elas polinizam nozes, girassol, canola, café, soja, trevos – como alfafa, que é usada para alimentar o gado – e até mesmo o algodão, todos são culturas dependentes da polinização das abelhas para aumentar a sua produtividade.
Fonte: http://www.guardian.co.uk/environment/2010/may/02/food-fear-mystery-beehives-collapse

O mundo pode estar à beira de um desastre biológico 
após a notícia de que um terço das colônias de abelhas dos E.U.A. 
não sobreviverá aos próximos invernos.
guardian.co.uk home
 Alison Benjamin, o Observador.

Existe uma perturbadora evidência de que as abelhas estão em declínio terminal, evidência que surgiu a partir dos Estados Unidos, onde, pelo quarto ano consecutivo, mais de um terço das colônias de abelhas não conseguiram sobreviver ao inverno.

O declínio das abelhas no país, de cerca de 2,4 milhões de colmeias  começou em 2006, quando um fenômeno apelidado de desordem do colapso da colônia (CCD), levou ao desaparecimento de centenas de milhares de colônias. Desde então, mais de três milhões de colônias dos E.U.A., com bilhões de abelhas morreram em todo o mundo e os cientistas não estão mais próximos de saber o que está causando a queda catastrófica em números das colônias.

As abelhas são insetos polinizadores vitais, responsáveis para o desenvolvimento saudável de muitas culturas no mundo da produção de alimentos mais importantes. Fotografia: David Silverman / Getty 




O número de colônias de abelhas geridos nos E.U.A caiu em 33,8% no último inverno, segundo a pesquisa anual da Inspetores de Apiários da América e do governo E.U.A. do Agricultural Research Service (ARS). O colapso global na população de abelhas é uma grande ameaça para as culturas de produção de alimentos. Estima-se que um terço de tudo o que comemos em nosso “moderno mundo” depende da polinização das abelhas, o que significa que as abelhas contribuem com cerca de £$ 26 bilhões na produção de grãos para a economia global.



Possíveis causas variam desde parasitas, como o ácaro sanguessuga Varroa, para infecções virais e bacterianas, pesticidas e a má nutrição decorrentes dos métodos de agricultura intensiva. O desaparecimento de tantas colônias também foi apelidada de “Síndrome de Maria Celeste”, devido à ausência de abelhas mortas em muitas das colméias vazias.



Cientistas dos EUA encontraram 121 diferentes agrotóxicos nas amostras de abelhas, cera e pólen, dando crédito à noção de que os pesticidas são um problema chave na morte da abelhas. “Nós acreditamos que algumas interações sutis entre nutrição, exposição a pesticidas e outros elementos estressantes estão convergindo para matar as colônias”, disse Jeffery Pettis, da ARS do laboratório de pesquisa de abelhas.

Uma análise global de mortes de abelhas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) informou recentemente que não houve uma única causa, mas apontou o dedo para o uso “irresponsável” de agrotóxicos que podem prejudicar a saúde das abelhas e torná-las mais suscetíveis à doenças. 

Bernard Vallat, da OIE, diretor-geral, advertiu: 

“As abelhas contribuem
 para a segurança global na produção de alimentos, 
e sua extinção representaria um terrível desastre biológico.”
Dave Hackenberg, da Hackenberg Apiários, um apicultor comercial da Pennsylvania-USA, foi quem primeiro levantou as suspeitas e deu o alarme sobre o CCD, ele disse que no ano passado tinha sido o pior para as perdas de abelhas, com 62% de suas 2.600 colmeias morrendo entre maio de 2009 e abril de 2010. “Está ficando pior”, disse ele. “A pesquisa AIA não lhe dá a imagem completa, porque só medem as perdas durante o inverno. No verão as abelhas estão expostos a muitos pesticidas. Agricultores misturam-nos juntos e ninguém tem ideia de quais os efeitos possam ter. “

Pettis concorda que as perdas de colmeias em algumas operações comerciais estão acontecendo em 50% ou mais. “Se as perdas continuarem nesta magnitude, a produção não é economicamente sustentável para os apicultores”, disse ele, acrescentando que uma solução para o problema pode estar a anos de distância. “Olhe para a Aids, que têm bilhões de dólares em pesquisa e um agente causador e ainda esta sem a descoberta da cura. Investigação leva tempo e colmeias são organismos complexos”.

No Reino Unido ainda é muito cedo para avaliar como as cerca de 250 mil colônias de abelhas da Grã-Bretanha  saíram durante o longo inverno. Tim Lovett, presidente da Associação dos Apicultores britânicos, disse: “Curiosamente, é extremamente variável. Há relatos de alguns apicultores de perderem quase um terço de suas colméias e outros, sem perderem nada.” Os resultados de um inquérito da associação de 15.000 membros são esperados para este mês.

John Chapple, presidente da Associação dos Apicultores de Londres, colocou as perdas entre seus 150 membros, entre um quinto e um quarto (20 a 25%). Oito de suas 36 colméias em toda a capital londrina não sobreviverá.

 “Há ainda uma série de desaparecimentos misteriosos”, 
disse ele. “Nós não estamos mais perto de saber o que está acontecendo.”
 Abelha com as patas traseiras carregadas com Pólen
Na Escócia, os apicultores relataram perdas na mesma escala americana, nos últimos três anos. Andrew Scarlett, um apicultor de Perthshire, produtor e embalador de mel, perdeu 80% de suas 1,2 mil colmeias este inverno. Mas ele atribuiu o declínio massivo a uma infecção bacteriana virulenta que se espalhou rapidamente por causa da falta de inspetores de abelhas, juntamente com más condições climáticas que impediram as abelhas de produzirem pólen suficiente e de armazenarem néctar.

A unidade governamental britânica para as abelhas sempre negou a existência de CCD na Grã-Bretanha, apesar das perdas de abelhas de 20% durante o inverno de 2008-09 e perto de um terço em anos anteriores. Ela atribui a queda ao ácaro Varroa – que é encontrado em quase todas as colmeias do Reino Unido – e verões chuvosos que paralisam as abelhas na busca por alimento.

Em um relatório contundente no ano passado, o National Audit Office sugeriu que os apicultores amadores que falham no controle das doenças em colmeias de abelhas eram uma ameaça para a sobrevivência das abelhas “e apelou à National Bee Unit a realização de mais inspeções e mais treinamento destes apicultores. No verão passado, uma comissão de deputados de uma influente comissão de contas públicas de todos os partidos pediram ao governo para financiar mais pesquisas sobre o que chamaram de “declínio” alarmante de abelhas.

Um mundo sem abelhas 
será um mundo sem cor e com redução de alimentos. 
Poderá ser mais uma contribuição da nossa moderna civilização !!!
O Departamento para o Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais tem contribuído com £$ 2,5 milhões para um fundo de £$ 10 milhões para pesquisas sobre polinizadores. A comissão de contas públicas tem reinvidicado para que uma parte significativa deste financiamento seja dirigido para as colmeias de abelhas. As decisões sobre quais os projetos de pesquisa financiar são esperados para o final deste mês.

Abelha
 Porque as Abelhas são TÃO importantes:

As plantas com flores requerem insetos para a sua polinização (reprodução). O inseto mais eficaz e perfeito para essa tarefa é a abelha, que poliniza cerca de 90 tipos diferentes de culturas de alimentos comerciais no mundo inteiro. Assim como a maioria das frutas e vegetais – incluindo as maçãs, laranjas, morangos, cebolas, cenouras – elas polinizam nozes, girassol, canola, café, soja, trevos – como alfafa, que é usada para alimentar o gado – e até mesmo o algodão, todos são culturas dependentes da polinização das abelhas para aumentar a sua produtividade.

Só no Reino Unido, a polinização das abelhas é um negócio avaliado em torno de £$ 200 milhões (R$ 650 milhões). A humanidade em toda a sua história vem gerindo e transportando colmeias de abelhas para polinização durante séculos de associação com esse inseto, para produção de alimentos e produção de mel e seus derivados, com um adoçante natural e antisséptico fornecido pela natureza. 

A extinção das abelhas significaria não apenas uma dieta incolor, sem cereais, frutas e arroz, e roupas sem algodão, mas também uma paisagem mais pobre sem pomares, sem jardins e prados coloridos de flores silvestres – e o consequente colapso da cadeia alimentar que sustenta pássaros, animais selvagens e outros insetos, em muitos casos também provocando a extinção de outras espécies de animais, gerando uma reação em cadeia.