domingo, 16 de fevereiro de 2014

TRANSGENIA – A GENÉTICA QUE O HOMEM CRIOU


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TRANSGENIA – A GENÉTICA QUE O HOMEM CRIOU

Tudo começou quando o austríaco Gregor Mendel, monge agostiniano, interessado em Ciências, estudou a vida das abelhas e cultivou plantas produzindo novas variedades de peras e maçãs. Realizou no período de 1856 a 1865 experiências com ervilhas, cuja finalidade era compreender como ocorria a transmissão hereditária das características dos pais para os filhos.

Em 8 de março de 1865, a Sociedade de História Natural de Brünn, Áustria, recebeu o trabalho de Mendel no qual constava as suas leis de hereditariedade decorrentes das experiências com ervilhas. O trabalho de Mendel ficou quase que desconhecido do universo científico até o início de 1900, quando foi redescoberto. Hoje, Mendel é reconhecido pelo resultado dos seus estudos que culminou com grandes conclusões científicas, e é considerado o pai da Genética.

A IMPORTÂNCIA DA ENGENHARIA GENÉTICA

É intermediada pela manipulação de genes de forma artificial com o emprego de um conjunto de técnicas envolvendo duplicação, transferência e isolamento de genes. A engenharia genética tem como finalidade o melhoramento genético. Sua importância reside em produzir indivíduos que desempenhem melhor as suas funções e, também, na produção de substâncias úteis ao ser humano.

 O QUE É TRANSGENIA
A transgenia consiste no desenvolvimento de organismos geneticamente modificados por meio da introdução na carga genética ou genoma – DNA (deoxyribonucleic acid) ou ADN (ácido desoxirribonucleico) – de um organismo receptor, de genes alterados de indivíduos da mesma espécie ou de espécies diferentes. A manipulação científica do patrimônio genético começou a ser desenvolvida há mais de trinta anos por meio da engenharia genética. Esta permite o desenvolvimento de técnicas que possibilitam modificações genéticas para o melhoramento de indivíduos e que impeça o surgimento de características impróprias. A alteração do processo reprodutivo normal permite o surgimento de características novas que ampliam as qualidades dos indivíduos modificados, tornando-os, inclusive, mais resistentes as doenças.

DISCORDÂNCIAS DA TRANSGENIA NA AGRICULTURA
Há estudiosos e inclusive publicações que relatam a história da transgenia da agricultura brasileira como abrupta e inconsequente, influenciada por decisões políticas, havendo posições discordantes de ministros do governo. De uma maneira geral, os críticos chamam a atenção para os riscos que abrangem os seguintes aspectos:

1 – ambiental (dentre tantos impactos que possam ocorrer, há a possibilidade de desenvolvimento de resistência das ervas daninhas, alterações no ciclo de carbono e hidrogênio, diminuição da diversificação biológica e perturbações nos ecossistemas);

2 – humanos e sociais (submissão aos imperativos mercadológicos, direito humano inalienável de se alimentar, garantia da soberania alimentar, diminuição da suficiência da agricultura familiar, e, necessidade da segurança alimentar).

A sociedade civil brasileira deveria participar, por meio de instrumentos democráticos como o plebiscito, o referendo, a consulta popular, sobre a formulação da política ambiental que é a Política Nacional de Biotecnologia. É bom mencionar que em alguns países da Europa os transgênicos são proibidos, o que traduz a conscientização e a mobilização da sociedade civil desses países interferindo nesse assunto que lhe afeta diretamente.

 
 EMBRAPA E COPERSUCAR NA AGRICULTURA

Na agricultura, por meio de pesquisas com os transgênicos, tem sido obtido o cultivo de espécies vegetais necessárias ao consumo humano, de melhor qualidade. Entre essas espécies estão: as adaptadas a algumas regiões, as resistentes à seca e às pragas.
No Brasil, sem mencionar as entidades da iniciativa privada, duas são as principais instituições dedicadas ao estudo de cultivares transgênicos.  Uma é a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a outra é a Cooperativa de Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (Copersucar). É oportuno mencionar a Lei 8.974/95 que possibilitou a criação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTBio) que tem a responsabilidade de estabelecer instruções para a produção de transgênicos e da concessão de permissão para o cultivo no meio ambiente.

ANIMAIS TRANSGÊNICOS
Os primeiros mamíferos, na década de 1980, nos quais a transgenia foi realizada com sucesso foram os camundongos. Em 1985, dentre os animais de produção, suínos, coelhos e ovinos, foram os pioneiros a serem geneticamente modificados. Depois destes, a transgenia foi bem-sucedida nos bovinos, caprinos, aves e peixes.

A transgenia tem sido vista como possibilidade na pecuária, como produtora de animais de musculatura dupla. Isto é, o crescimento muscular, duas a três vezes, maior do que apresentam os animais geneticamente não modificados.

Na agropecuária conta-se com a transgenia para o incremento da produção animal. Diferentemente do que acontece na natureza, a alteração que ocorre por seleção natural é promovida por meio do manuseio genético cujo resultado é obtido em intensidades maiores em prazos mais curtos.


OS MEDICAMENTOS TRANSGÊNICOS

O mais conhecido é a insulina transgênica. Esta denominação, até certo ponto, é incorreta. Esta insulina resulta da introdução do gene produtor de insulina na bactéria Agrobacterium, passando, então, a haver produção de insulina. Há quem diga que esta insulina é mais vantajosa do que a produzida artificialmente. Enfim, a credibilidade científica é favorável a aplicação transgênica para a produção deste tipo de insulina.

Pesquisas desenvolvidas pela Universidade Estadual do Ceará produziram duas cabras geneticamente modificadas que produzem leite com uma proteína humana capaz de estimular a imunidade contra a AIDS e câncer. Há possibilidade da produção do medicamento originário do leite das cabras transgênicas ser produzido no laboratório Biomanguinhos da Fundação Oswaldo Cruz.


MEU PENSAMENTO COMO CONCLUSÃO
Embora haja comprovações despojadas de dúvidas sobre os benefícios prestados pela transgenia ao ser humano, há, porém, pontos a serem esclarecidos. Pontos estes que devem ultrapassar as fronteiras da demagogia política e serem comuns ao conhecimento e domínio do público.

Parece que a aplicação dos transgênicos na agricultura oferece um extenso rosário de críticas. Cabe aos formadores de opinião e aos detentores do poder de ensinar, lançar à sociedade como um todo e aos alunos em particular, o tema e as suas intercorrências para que possam exprimir para os órgãos de decisão qual o melhor caminho a ser tomado para o pleno benefício da população.

 
DR. EDVALDO TAVARES, MÉDICO, BRASÍLIA/DF – DIRETOR EXECUTIVO DO SISTEMA RAIZ DA VIDA
www.raizdavida.com.br
Autor:Dr. Edvaldo Tavares
 
 
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 Fontes:
 http://www.raizdavida.com.br/site/portugues/transgenia-a-genetica-que-o-homem-criou/
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