Globo Rural - Série Água - Parte 1
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Cerca boa vibra que nem corda de viola
silenciada nos grampos pontudos, impondo a ordem.
Preso na cova ,o mourão ,que já foi árvore
ainda se lembra que deve ficar em pé
haja ou não tempestade .
A Cerca cerca a grota, cerca o brejo
cerca a matinha, cerca o ribeirão
cerca o gado, cerca a gente.
- torna só sua a paisagem.
E todos ganham, menos , o fazendeiro ?
Eita Cerca que vem de longe
cerca brava, mudou sociedades!
Fez do nômade, sedentário
criou direito de posse,
isolou raças, famílias de monte,
desprezou desejo de todos,
cercou os livres de seguirem saciados
cercou trilhas, montes, horizontes
aos sem hora marcada
de desfrutarem do mundo.
Rousseau gritou que a maldade
vinha do homem que cerca
tomando o tudo de todos
- cerca de gerar pecados.
Até Santo Agostinho
vendo a cerca pensou que pecou
um pecado imperdoável
mesmo na longa velhice.
Pular a cerca,subir na Pereira
carregadinha de frutos,
sacudi-la e se fartar da delícia
forrar o chão de frutas maduras
- a alegria dos muitos pobres famintos.
Doeu no futuro santo
o falso pecado imposto
e nem viu o seu engano
de jovem pular cerca alheia
na farra alimentar a alegria
de muitos porcos famintos
E foi a alegria dos porcos
que ele, bêbado , desobediente, nem viu
Ah, dona Cerca qual na verdade é o seu pecado?
*
(Isto é só uma brincadeira de domingo)
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Publicado em 14/03/2012 - Licença padrão do YiuTube
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