sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

A VIDA E OS SEGREDOS DAS PLANTAS



Os Vida das Plantas- 41min.

Uma nova pesquisa conduzida por pesquisadores australianos mostra que as plantas tem a capacidade aprender e se lembrar.
Mimosa pudica

Ao contrário dos animais, as plantas não têm o luxo de se movimentar e é por isso que elas precisam aprender mais rápido para se adaptar. O mais recente estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Austrália Ocidental tem mostrado que as plantas (especificamente as mimosa pudica) mantinham o comportamento aprendido.


A mimosa pudica é uma das plantas mais originais e incomuns que podemos encontrar. Também conhecida como “não-me-toque”, essa planta nativa da América do Sul dobra suas folhas quando é tocada. Os cientistas acreditam que o movimento da planta é um mecanismo de defesa contra herbívoros. Animais que pastam são menos propensos a querer comer folhas murchas do que suculentas.
Os pesquisadores descobriram que as plantas parecem estar aprendendo mais rápido em ambientes desfavoráveis, com pouca luz. Além disso, as plantas foram capazes de se recordar do comportamento adquirido várias semanas após o teste.
“As plantas podem não ter cérebro e tecidos neurais, mas possuem uma sofisticada rede à base de cálcio nas células semelhantes a processos de memória dos animais”, disseram os pesquisadores em um comunicado à imprensa.


Biofísicos teorizam que as plantas exploram o mundo misterioso do entrelaçamento quântico durante a fotossíntese. Mas a evidência até agora tem sido puramente circunstancial. Agora, os cientistas descobriram uma característica de plantas que não pode ser explicados pela física clássica, mas pela física quântica sim. 

Plantas

O fato de que os sistemas biológicos podem explorar os efeitos quânticos é bastante surpreendente. De certa forma, eles são como mini-computadores quânticos capazes de digitalizar todas as opções possíveis, a fim de escolher os caminhos ou soluções mais eficientes. Para as plantas, isso significa a capacidade de produzir a fotossíntese eficientemente.


Mas para que isso funcione, as plantas requerem a capacidade de trabalhar em harmonia com a natureza maluca do mundo dos fenômenos quânticos. A teoria é que as plantas tem macromoléculas de coleta de luz em suas células que podem transferir energia através de vibrações moleculares – vibrações que não têm equivalentes na física clássica. A maioria destas macromoléculas são compreendidas como cromóforos ligados a proteínas. Estas macromoléculas efetuam o primeiro passo da fotossíntese, capturando a luz solar e de forma eficiente transferindo a energia.

Pesquisas anteriores sugeriram que essa energia era transferida em uma forma de onda, mas era um processo que ainda podia ser explicado pela física clássica.

No novo estudo, pesquisadores da UCL identificaram uma característica específica em sistemas biológicos que só pode ser prevista pela física quântica. A equipe descobriu que a transferência de energia nas macromoléculas é facilitada por movimentos vibratórios específicos dos cromóforos.
“Nós descobrimos que as propriedades de algumas das vibrações que auxiliam a transferência de energia durante a fotossíntese não podem ser descritas com as leis clássicas, e, além disso, este comportamento não-clássico aumenta a eficiência da transferência de energia”, observou a supervisora e co-autora Alexandra Olaya-Castro, em um comunicado.

As vibrações em questão são movimentos periódicos dos átomos dentro de uma molécula. É semelhante à forma como um objeto se move quando está ligado a uma mola.
As vibrações em questão são movimentos periódicos dos átomos dentro de uma molécula. É semelhante à forma como um objeto se move quando está ligado a uma mola. Em outras palavras,
os efeitos quânticos melhoram a eficiência da fotossíntese da planta, de forma que a física clássica não pode permitir.


As plantas são incríveis, e estão muito longe de serem uma estúpida e inerte matéria vegetal. Pesquisadores do centro John Innes, no Reino Unido, demonstraram que as plantas são capazes de fazer a divisão básica – um cálculo que as ajuda a consumir suas reservas de amido em um ritmo constante durante a noite.
Planta
Após o pôr do Sol, as plantas devem usar suas reservas de amido para evitar a fome.


O cientista Martin Howard e sua equipe mostraram que as plantas podem fazer ajustes precisos para regular sua taxa de consumo de amido. Os pesquisadores usaram técnicas de modelagem matemática para chegar a essa conclusão, descobrindo que um cálculo de divisão é realizado dentro de uma planta.
Durante a noite, um mecanismo no interior da folha mede o tamanho do armazenamento de amido, enquanto a informação sobre a hora do dia vem de um relógio interno. O próprio processo é regulado pela presença de dois tipos de moléculas: “S” para o amido e “T” para a hora. As  moléculas S estimulam a hidrólise do amido, enquanto as moléculas de T atuam como reguladoras. A taxa de consumo do amido pode ser estabelecida pela relação das moléculas S com as moléculas T.
Em outras palavras, o S é dividido pelo T.

“Este é o primeiro exemplo concreto em biologia de um cálculo aritmético tão sofisticado”, disse Martin Howard.

 É importante lembrar que as plantas não são conscientes, mesmo durante a realização destes cálculos. Em vez disso, eles usam mecanismos internos automatizados para fazer isso acontecer. [io9]

 Uma pesquisa anterior descobriu que as plantas fazem cálculos matemáticos precisos para usar suas reservas de energia. [NatureWorldNews]




 

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