Os Vida das Plantas- 41min.
Uma nova pesquisa conduzida por pesquisadores australianos mostra que as plantas tem a capacidade aprender e se lembrar.
Ao contrário dos animais, as plantas não
têm o luxo de se movimentar e é por isso que elas precisam aprender
mais rápido para se adaptar. O mais recente estudo realizado por
pesquisadores da Universidade da Austrália Ocidental tem mostrado que as
plantas (especificamente as mimosa pudica) mantinham o comportamento aprendido.
A mimosa pudica é uma das plantas
mais originais e incomuns que podemos encontrar. Também conhecida como
“não-me-toque”, essa planta nativa da América do Sul dobra suas folhas
quando é tocada. Os cientistas acreditam que o movimento da planta é um
mecanismo de defesa contra herbívoros. Animais que pastam são menos
propensos a querer comer folhas murchas do que suculentas.
Os pesquisadores descobriram que as
plantas parecem estar aprendendo mais rápido em ambientes desfavoráveis,
com pouca luz. Além disso, as plantas foram capazes de se recordar do
comportamento adquirido várias semanas após o teste.
“As plantas podem não ter cérebro e
tecidos neurais, mas possuem uma sofisticada rede à base de cálcio nas
células semelhantes a processos de memória dos animais”, disseram os
pesquisadores em um comunicado à imprensa.
Biofísicos teorizam que as plantas exploram o mundo misterioso do entrelaçamento quântico durante a fotossíntese. Mas a evidência até agora tem sido puramente circunstancial. Agora, os cientistas descobriram uma característica de plantas que não pode ser explicados pela física clássica, mas pela física quântica sim.
O fato de que os sistemas biológicos
podem explorar os efeitos quânticos é bastante surpreendente. De certa
forma, eles são como mini-computadores quânticos capazes de digitalizar
todas as opções possíveis, a fim de escolher os caminhos ou soluções
mais eficientes. Para as plantas, isso significa a capacidade de
produzir a fotossíntese eficientemente.
Mas para que isso funcione, as plantas
requerem a capacidade de trabalhar em harmonia com a natureza maluca do
mundo dos fenômenos quânticos. A teoria é que as plantas tem
macromoléculas de coleta de luz em suas células que podem transferir
energia através de vibrações moleculares – vibrações que não têm
equivalentes na física clássica. A maioria destas macromoléculas são
compreendidas como cromóforos ligados a proteínas. Estas macromoléculas
efetuam o primeiro passo da fotossíntese, capturando a luz solar e de
forma eficiente transferindo a energia.
Pesquisas anteriores sugeriram que essa
energia era transferida em uma forma de onda, mas era um processo que
ainda podia ser explicado pela física clássica.
No novo estudo, pesquisadores da UCL
identificaram uma característica específica em sistemas biológicos que
só pode ser prevista pela física quântica. A equipe descobriu que a
transferência de energia nas macromoléculas é facilitada por movimentos
vibratórios específicos dos cromóforos.
“Nós descobrimos que as propriedades de
algumas das vibrações que auxiliam a transferência de energia durante a
fotossíntese não podem ser descritas com as leis clássicas, e, além
disso, este comportamento não-clássico aumenta a eficiência da
transferência de energia”, observou a supervisora e co-autora Alexandra
Olaya-Castro, em um comunicado.
As vibrações em questão são movimentos
periódicos dos átomos dentro de uma molécula. É semelhante à forma como
um objeto se move quando está ligado a uma mola.
As vibrações em questão são movimentos
periódicos dos átomos dentro de uma molécula. É semelhante à forma como
um objeto se move quando está ligado a uma mola. Em outras palavras,
os efeitos quânticos melhoram a eficiência da fotossíntese da planta, de forma que a física clássica não pode permitir.
As plantas são incríveis, e estão muito
longe de serem uma estúpida e inerte matéria vegetal. Pesquisadores do
centro John Innes, no Reino Unido, demonstraram que as plantas são
capazes de fazer a divisão básica – um cálculo que as ajuda a consumir
suas reservas de amido em um ritmo constante durante a noite.
Após o pôr do Sol, as plantas devem usar suas reservas de amido para evitar a fome.
O cientista Martin Howard e sua equipe
mostraram que as plantas podem fazer ajustes precisos para regular sua
taxa de consumo de amido. Os pesquisadores usaram técnicas de modelagem
matemática para chegar a essa conclusão, descobrindo que um cálculo de
divisão é realizado dentro de uma planta.
Durante a noite, um mecanismo no
interior da folha mede o tamanho do armazenamento de amido, enquanto a
informação sobre a hora do dia vem de um relógio interno. O próprio
processo é regulado pela presença de dois tipos de moléculas: “S” para o
amido e “T” para a hora. As moléculas S estimulam a hidrólise do
amido, enquanto as moléculas de T atuam como reguladoras. A taxa de
consumo do amido pode ser estabelecida pela relação das moléculas S com
as moléculas T.
Em outras palavras, o S é dividido pelo T.
“Este é o primeiro exemplo concreto em biologia de um cálculo aritmético tão sofisticado”, disse Martin Howard.
É importante lembrar que as plantas não são conscientes, mesmo durante a
realização destes cálculos. Em vez disso, eles usam mecanismos internos
automatizados para fazer isso acontecer. [io9]
Leia mais em http://misteriosdomundo.com/plantas-usam-fisica-quantica-para-produzir-fotossintese#ixzz2qevcUmAw
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