Tecnologia converte água salobra em potável - 54min.
Brasil exporta água do Mar - 4min.
Água do mar para remediar as secas
A
dessalinização é vista como uma arma efetiva contra a falta de água
doce, embora os riscos de contaminação decorrentes do processo tenham
disparado vários alarmes. Diante da seca que ameaça o México, a
dessalinização da água aparece como uma opção viável, embora
especialistas questionem seus efeitos ambientais. Um dos métodos é a
filtragem por meio de membranas semipermeáveis para reter os sais.
"Esta e outras tecnologias buscam resolver problemas de certas áreas
com baixa disponibilidade do recurso e para isso é preciso apenas acesso
ao mar ou a zonas de água salobra", explicou ao Terramérica
o pesquisador Rodrigo González. "Representam uma oportunidade para
zonas costeiras com características áridas ou semiáridas", ressaltou
este especialista do Departamento de Ciências da Água e do Meio Ambiente
do Instituto Tecnológico de Sonora (Itson, estatal).
Para experimentar esse método e atender as necessidades hídricas do
Estado de Sonora, o Itson e a local Comissão Estatal da Água criaram o
Centro Regional de Pesquisa e Desenvolvimento da Água e da Energia, cuja
função é armar e instalar plantas dessalinizadoras.
No ano passado, o México sofreu uma dura e persistente seca que afetou
especialmente uma vasta área entre o centro e o norte do país, com forte
impacto sobre a agricultura, a pecuária e o bem-estar de dezenas de
comunidades. A previsão para este ano não é muito diferente, com
especial prejuízo para o norte.
A disponibilidade de água neste país, hoje com 117 milhões de
habitantes, era, em 2010, de 4.250 metros cúbicos por pessoa, que cairá
para 3.936, em 2020, e para 3.822 em 2025, um nível considerado entre
médio e muito baixo, segundo projeções da Comissão Nacional da Água (Conagua). As estatísticas de 2010 indicam que 77% da água encanada eram destinada a usos agrícolas.
A dessalinização ou dessalgação, "é uma opção viável, mas deve ser a última após se esgotarem todas as outras", disse ao Terramérica o diretor do Escritório Noroeste do não governamental Centro Mexicano de Direito Ambiental,
Agustín Bravo. "O problema do abastecimento em zonas desérticas ou
semidesérticas tem a ver com a falta de uma política hídrica integral e
ecossistemática que atenda e privilegie as necessidades humanas entre
outras", criticou.
O recurso potável
Existem diversos métodos de dessalinização, como destilação,
cristalização ou congelamento, e a absorção ou mudança iônica, que
requerem o uso de energia, enquanto a osmose inversa, ou filtração, e a
eletrodiálise, ou filtração seletiva, ocorrem com a passagem da água por
membranas mediante pressão mecânica.
As águas salobras contêm entre um mil e dez mil partes por milhão (ppm)
de sais, as chamadas salinas entre dez mil e 30 mil ppm, e as do mar
entre 30 mil e 50 mil ppm, enquanto a potável apresenta menos de um mil
ppm. A água marinha contém principalmente clorito, sódio, sulfato,
magnésio, cálcio e potássio.
Existem no mundo 15.988 estações de dessalinização, que possuem
capacidade instalada superior a 66 milhões de metros cúbicos diários, e
atendem mais de 300 milhões de pessoas, segundo os últimos dados da Associação Internacional de Dessalgação (IDA). O estatal Instituto Mexicano de Tecnologia da Água
lista 435 plantas em operação, a maior funcionando no Estado de Baixa
Califórnia Sul com capacidade de 200 litros por segundo. A maioria
dessas instalações trabalha para o setor turístico.
Porém, esse método de tornar a água potável não conta neste país com um
contexto regulatório que aborde os processos e o despejo dos resíduos
líquidos. Na verdade, a única norma de qualidade estipula um nível
máximo de sólidos dissolvidos totais de um mil ppm.
"Persiste um limbo jurídico. Não está claro exatamente como serão
regularizados todos os passos para dessalinizar. Se será competência das
autoridades nacionais, dos Estados e dos municípios, e, também, os
possíveis efeitos negativos sobre o meio ambiente", disse ao Terramérica o acadêmico César Nava, do Instituto de Pesquisas Jurídicas da Universidade Nacional Autônoma do México.
Os riscos do benefício
A dessalinização implica benefícios como a redução do consumo de água
doce, o fim da redução dos aquíferos e a possibilidade de recarregá-los.
Mas os especialistas insistem nos possíveis danos ecológicos desta
tecnologia, cujo custo por metro cúbico equivale a US$ 0,50.
No processo "é gerada uma salmora, mais concentrada do que no mar, que é
preciso dispor de uma maneira segura e, além disso, separar o sal exige
um consumo importante de energia", afirmou González, que construiu
junto com sua equipe modelos de osmose inversa, eletrodiálise e
termossolar.
Os pesquisadores instalaram este mês uma planta dessalinizadora em um
cultivo de manga, sorgo e beterraba no Vale do Yaqui, região agrícola do
sul de Sonora. A meta é contar, no prazo de dois anos, com um centro de
produção e montagem de estações, cujo custo é de aproximadamente US$ 8
milhões.
A mistura é depositada em lagoas de secagem, onde a água evapora e o
sal fica confinado ou é lançado no oceano. Mas esta opção pode
prejudicar bancos de coral, pastagens e espécies marinhas. "As águas
lançadas no mar não diluem, seu comportamento hidrodinâmico é como um
fluido, vai emigrando e seus danos não estão devidamente estudados nem
avaliados", assegurou Bravo.
O governo do presidente Enrique Peña Nieto pretende apresentar este ano
ao parlamento um projeto de nova lei de águas nacionais, que incluirá a
abordagem deste método e delimitará situações como a propriedade do
recurso dessalinizado quando se entregar em concessão o serviço a
particulares.
"Meu medo é que se atenda a questões políticas, porque então os
governos locais de zonas costeiras com escassez de água serão os que
ficarão com a decisão final. Se a lei não contemplar cláusulas de
proteção, prevalecerão favoritismos e a amizade e assim poderá haver uma
orientação que não vai salvaguardar o interesse público", alertou Nava.
Desde 2010 está pronta para aprovação uma regulamentação a respeito, da
qual González participou, mas o governo ainda não deu luz verde.
Dessalinização
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Dessalinizador Shevchenko BN350 situado na costa do Mar Cáspio.
Dessalinização refere-se a vários processos físico-químicos de retirada de excesso de sal e outros minerais da água. De modo geral, refere-se a retirada de sais e outros minerais da água ou do solo.123
A dessalinização d'água é muito utilizada em regiões onde a água doce é escassa ou de difícil acesso, como no Oriente Médio, na Austrália4 e no Caribe, em navios transatlânticos e submarinos. A água doce obtida é utilizada para consumo humano ou irrigação. Algumas vezes o processo produz sal de cozinha como subproduto.
Plantas de Dessalinização no Mundo
As grandes reservas de energias existentes em muitos países do Oriente Médio
juntamente com sua escassez de água levou a construção de grandes
plantas de dessalinização nesta região. Nos meados de 2007, o Oriente Médio produzia cerca de ¾ de toda água dessalinizada do mundo.5
No mundo inteiro, há 13.800 plantas de dessalinização que produzem no
total mais de 45,5 bilhões de litros de água por dia de acordo com a International Desalination Association.6 o Sal retirado do Brasil em média é de 3%.
A maior planta de dessalinização do Mundo é a localizada em Hadera, norte de Israel[1], seguida pela de Jebel Ali - Phase 2 nos Emirados Árabes Unidos.
Utiliza o processo de destilação em multi-estágios para produzir 300
milhões de metros cúbicos de água por ano (cerca de 9.460 litros por
segundo). Em Israel, 15% da água de consumo doméstico provém da
dessalinização de agua do mar, as maiores usinas estando em Ascalão e Palmach (ao sul de Tel Aviv). Em Eilat, toda a água consumida é dessalinizada. 7 Nos Estados Unidos, a maior planta de dessalinização está em Tampa Bay, Florida, e começou produzindo 95.000 m³ de água por dia em dezembro de 2007..8 A planta de dessalinização de Tampa Bay tem atualmente só 12% de produção da planta de Jebel Ali .
Processos de Dessalinização
No planeta Terra,
as águas cobrem 3/4 da superfície, mas cerca de 97,2 % destas são
salgadas, isto é, apresentam um total de sólidos dissolvidos (TSD) que
as tornam impróprias para consumo humano ou irrigação.
Na natureza, a dessalinização é um processo contínuo e natural, alimentador do Ciclo hidrológico,
que se comporta como um sistema físico, fechado, sequencial e dinâmico.
Devido à ação da energia solar, ocorre a evaporação de um grande volume
de água dos oceanos, dos mares e dos continentes. Os sais permanecem na
solução e os vapores, por condensação, vão formar as nuvens, as quais
originam as chuvas e outras formas de precipitação. Esta água doce, por
gravidade, volta aos oceanos e mares, alimentando os rios, os lagos, as
lagoas, que, devido à dinâmica do processo, reassimilam uma nova carga
salina e, assim, todo o ciclo continua. Por necessidade de
sobrevivência, o homem copiou a Natureza e desenvolveu métodos e
técnicas de dessalinização das águas com elevado conteúdo salino para
obter água doce.
O principal problema das tecnologias de dessalinização é conseguir
diminuir o custo final da água doce, para que esta possa estar
disponível em quantidades suficientes até nas regiões onde é escassa.
A dessalinização em grande escala, tipicamente, consome grande
quantidade de energia e depende de plantas de produção caras e
específicas. Portanto, é sempre mais cara, em relação a água doce de
rios ou subterrânea.
Há vários métodos conhecidos para se fazer a conversão, mas apenas
dois deles representam 88% da dessalinização global: a osmose inversa e a
destilação multiestágios.9
Osmose inversa: Quando a pressão sobre a solução aumenta fazendo com que haja a separação da água e do sal.
Dessalinização térmica: Quando a água salgada é evaporada artificialmente e depois condensada. Esse processo separa a água e o sal, pois este não é carregado no processo de evaporação. Isto ocorre na natureza, pois sempre que a água do mar evapora, os sais permanecem e a água das nuvens não é salgada.
Congelamento: Outro processo envolve o congelamento
da água, pois somente a água pode ser congelada (os sais não congelam
junto). O processo é basicamente a extração de sais minerais da água
através do congelamento. São repetidos inúmeras vezes tal processo para
que se consiga água destilada. O processo pode ser feito em grande
escala, mas é muito caro, portanto é testado e melhorado apenas em
laboratórios, para assim ser barateado. O que se pode fazer é
descongelar a água das calotas polares, mas esta não é ainda uma boa solução, pois há o alto custo do descongelamento a se levar em conta.
Destilação multiestágios:
Utiliza-se vapor a alta temperatura para fazer a água do mar entrar em
ebulição. São multiestágios pois a água passa por diversas células de
ebulição-condensação, garantindo um elevado grau de pureza. Neste
processo, a própria água do mar é usada como condensador da água que é
evaporada.
Destilação por forno solar:
o forno solar tem como função concentrar os raios solares numa zona
especifica, graças a um espelho parabólico. Dessa forma, o recipiente
que contém a água a destilar pode chegar a temperaturas maiores que
normalmente.
Israel tem a maior Dessalinização do mundo...
Dessalinização
Dessalinização refere-se a vários processos físico-químicos de
retirada de excesso de sal e outros minerais da água. De modo geral,
refere-se a retirada de sais e outros minerais da água ou do solo.
A dessalinização d’água é muito utilizada em regiões onde a água doce é
escassa ou de difícil acesso, como no Oriente Médio, na Austrália e no
Caribe, em navios transatlânticos e submarinos. A água doce obtida é
utilizada para consumo humano ou irrigação. Algumas vezes o processo
produz sal de cozinha como subproduto.
No planeta Terra, as águas cobrem 3/4 da superfície, mas cerca de 97,2 %
destas são salgadas, isto é, apresentam um total de sólidos dissolvidos
(TSD) que as tornam impróprias para consumo humano ou irrigação.
Na natureza, a dessalinização é um processo contínuo e natural,
alimentador do Ciclo Hidrológico, que se comporta como um sistema
físico, fechado, sequencial e dinâmico. Devido à ação da energia solar,
ocorre a evaporação de um grande volume de água dos oceanos, dos mares e
dos continentes. Os sais permanecem na solução e os vapores, por
condensação, vão formar as nuvens, as quais originam as chuvas e outras
formas de precipitação. Esta água doce, por gravidade, volta aos oceanos
e mares, alimentando os rios, os lagos, as lagoas, que, devido à
dinâmica do processo, reassimilam uma nova carga salina e, assim, todo o
ciclo continua. Por necessidade de sobrevivência, o homem copiou a
Natureza e desenvolveu métodos e técnicas de dessalinização das águas
com elevado conteúdo salino para obter água doce.
O principal problema das tecnologias de dessalinização é conseguir
diminuir o custo final da água doce, para que esta possa estar
disponível em quantidades suficientes até nas regiões onde é escassa.
A dessalinização em grande escala, tipicamente, consome grande
quantidade de energia e depende de plantas de produção caras e
específicas. Portanto, é sempre mais cara, em relação a água doce de
rios ou subterrânea.
Israel inaugurou a sua terceira usina de dessalinização no norte da
cidade de Hadera. A usina foi considerada a maior usina de
dessalinização por osmose reversa do mundo. Ela captura água do Mar
Mediterrâneo e a torna potável, a expectativa é que a usina produza 127
milhões de metros cúbicos de água por ano – o suficiente para abastecer
um sexto da população israelense.
Criada com um investimento de quase meio bilhão de dólares, a usina
foi criada pela IDE Technologies, uma companhia israelense que já
construiu duas usinas de dessalinização de água no país junto com a
Housing and Construction Group, uma construtora pertencente ao grupo
Arison.
O governo foi o responsável pelo plano de criar a usina, com o
objetivo de atender as demandas de uma população crescente e com o seu
estoque de água sempre ameaçado, dependentes quase que exclusivamente
das chuvas de inverno.
Através de um contrato de 25 anos, a água custará um pouco mais de 50
centavos por metro cúbico. Segundo a IDE, a primeira usina de
dessalinização, construída na costa de Ashkelon, tem tido um bom
desempenho desde 2005. Existe uma terceira usina em Palmahim, ao sul de
Tel Aviv. Outras duas usinas estão sendo construídas em Ashhdod e Soreq
Usina de dessalinização de Israel
Obrigado pela leitura!
Pesquisa, tradução e edição: Rakel Mastrandea Eretyz e Vital Ben Waisermman
Jerusálem,29 Adar 5773-maringá,11 março 2013
Shalôm Aleichem! Paz Seja Convosco!
Atenciosamente, Vital Ben Waisermman, responsável pelo Blog!
* http://blogs.odiario.com/dyaryodyumhebreu/2013/03/11/israel-tem-a-maior-dessalinizacao-do-mundo/
As lições de Israel
Como o árido país vem vencendo a guerra
contra a escassez de água e o que o Brasil pode aprender com isso
Por Edson Franco, enviado especial a Tel-Aviv
RITUAL
Judeus ortodoxos na cerimônia anual do Tashlich, em praia de Tel-Aviv
Vencidas as batalhas pela independência de
Israel, o primeiro chanceler do recém-nascido país, David Ben-Gurion,
assumiu em maio de 1948 sabendo que uma “guerra” bem mais difícil estava
em curso. Espalhado por uma região desértica, com clima entre tropical e
semi-árido e escassas fontes naturais de água doce, o Estado precisa
lutar diariamente para que sua população não morra de sede. Gurion
resumiu a sua estratégia sob o slogan “fazer o deserto florir” e
estimulou os seus cientistas a descobrir fórmulas para semear oásis.
Passados 63 anos, Israel vem vencendo essa “guerra”.
As principais armas do país têm sido a construção de usinas de
dessalinização, o reaproveitamento quase total do esgoto e o combate ao
desperdício. Exatamente por isso, florescem empresas que monitoram cada
milímetro cúbico de água que flui pelos canos do país com sistemas
computadorizados capazes de diagnosticar vazamentos em tempo real. O
aproveitamento de cada gota é o mote da Netafim, empresa especializada
em sistemas de irrigação. Sua história se confunde com a formação do
kibutz Hatzerim, localizado em pleno deserto do Negev. Hoje, o verde
domina o lugar, onde famílias compartilham residências, refeitórios e
orações com os profissionais da empresa. “Moisés nos trouxe até aqui e
mostrou o caminho, só não ensinou a tecnologia para controlar as águas”,
brinca Igal Aisenberg, presidente da Netafim.
DESSALINIZAÇÃO
A usina de Ashkelon, segunda maior do planeta
Além da irrigação sem desperdício, os agricultores contam cada vez
mais com a água e o adubo gerados por centrais de tratamento. Uma das
mais produtivas é a Shafdan, em Tel-Aviv, onde profissionais separam
lixo, material orgânico e água. O primeiro é enviado para usinas de
reciclagem, o segundo vira adubo e o terceiro é purificado e vai para
os canos dos sistemas de irrigação.
Quando se trata de matar a sede nacional, no entanto, a maior aposta vem
mesmo do mar. A cidade litorânea de Ashkelon abriga a segunda maior
usina de dessalinização do mundo. Os canos da instalação avançam um
quilômetro mar adentro e abastecem as membranas que separam líquidos e
sólidos. A empresa por trás do negócio é a IDE Technologies, que comanda
mais três usinas no país e produz cerca de 300 milhões de metros
cúbicos anuais do líquido. Hoje, quase metade dos israelenses bebe água
dessalinizada. “E o melhor é que o custo está cada vez mais baixo. O
metro cúbico custa US$ 0,53. No passado não muito distante, eram US$ 3”,
contabiliza Fredi Lokiec, vice-presidente executivo da IDE.
AVANÇO “O custo da dessalinização da água está cada vez mais baixo”, diz o executivo Fredi Lokiec
Com todos esses esforços, Israel espera chegar a 2015 livre da
necessidade de fontes naturais de água. “Não chegaremos lá porque somos
espertos. Não temos outra saída”, diz Booky Oren, organizador da Watec,
feira dedicada ao líquido que acontece em novembro. E o que o Brasil,
cheio de rios e lagos, tem a aprender com tudo isso? Muito, pois
estima-se que, nos próximos 20 anos, o consumo mundial de água suba 50%.
Se um dia ela faltar por aqui, as soluções já terão sido desenvolvidas
em pleno deserto.
Dessalinização da água
Purificar água do mar: solução para a sede mundial
Dessalinização é um processo físico-químico de retirada de sais da água, tornando-a doce e própria para o consumo.
Como se sabe, a notícia de que pode faltar água potável no planeta é tenebrosa ao homem, já existem regiões ameaçadas, as Ilhas são exemplos: Ilha de Chipre, Ilha de Páscoa, Ilha Fernando de Noronha, onde os lençóis freáticos diminuíram em razão da exploração. Em alguns países, como a Arábia Saudita e Israel, este já é um problema.
Então por que não transformar água salgada presente em abundância nestes locais em água doce? Esta é a ideia que pode solucionar este problema ambiental, vejamos os possíveis processos para a dessalinização da água:
Evaporação: a água
salgada é colocada em um tanque com fundo preto e teto de vidro
transparente, este tanque permite que o calor do sol evapore a água.
Observe a figura que ilustra o processo descrito acima:
1. A água salgada é retirada do mar e transferida para o tanque 1 (setas vermelhas);
2. A luz solar incidente (parte superior do tanque: indicada pelas setas brancas), faz com que a água salgada se evapore;
3. O vapor de água passa por um resfriamento e se
converte em líquido por condensação: o processo é representado pelas
setas amarelas. O produto líquido é a água já no estado puro, esta é
recolhida por canaletas e então armazenada no tanque 2.
O processo é simples e barato, o grande problema é que os tanques ocupam
extensas áreas e estas precisam receber iluminação solar satisfatória
para que a evaporação ocorra com sucesso.
Osmose reversa:
Também conhecida como Osmose Inversa, é onde se exerce forte pressão em
uma solução salina. Como o próprio nome já diz, esse processo é o
inverso da osmose natural (passagem de uma substância pura para uma
solução através de uma membrana semipermeável). Só que para dessalinizar
a água é preciso que esta passagem ocorra inversamente: da solução
(água e sal) para água pura. Não entendeu? É fácil! O processo consiste
em realizar a passagem da água salgada por membranas de fibra oca. Estas
fibras contêm poros microscópicos e todo o sal e impurezas presentes na
água ficam retidas nestes pequenos poros.
Repare que, ao contrário da osmose comum, a reversa consiste na
transferência de uma solução salgada para uma purificada. Este método é o
que apresenta perspectivas para a solução da água, atualmente já
existem usinas operantes no Golfo Pérsico, Espanha, Malta, Austrália e
Caribe convertendo 4,8 bilhões de metros cúbicos de água salgada em água
doce, por ano.
Por Líria Alves Graduada em Química
Equipe Brasil Escola
Cientistas mexicanos conseguiram reduzir o teor de sal da água do mar
através de um processo conhecido como dessalinização, ou seja, retirada
do excesso de sal da água por meio de reagentes físicos e químicos.
Esta prática já é utilizada em outros países, mas no caso do México,
ambientalistas aplicaram um novo método que envolve plantas.
Em Sonora, estado mexicano, foram instaladas plantas dessalinizadoras
no fundo de grandes lagos. Neste local criado pelo Centro Regional de
Pesquisa e Desenvolvimento da Água e Energia, especialistas colocaram a
mistura de água salgada com solvente para que películas semipermeáveis
façam a separação e deixem o sal submerso bem no fundo do lago.
Este recurso foi adotado para amenizar os efeitos da mesma estiagem
que assolou o norte do país no ano passado. Em entrevista ao
Terramérica, Augústin Bravo, diretor do Escritório Noroeste do não
governamental Centro Mexicano de Direito Ambiental, disse que esta opção
só deve ser usada quando se esgotarem as demais. Ainda criticou a
política hídrica de zonas desérticas que não consegue atender a demanda e
privilegiar as necessidades humanas.
Em 2010, o México tinha capacidade hídrica de 4.250 metros cúbicos
por pessoa, que pode cair para 3.936 em 2020 e para 3.822 em 2025, nível
relativamente baixo, considerando as projeções da Comissão Nacional da
Água. Estatísticas de 2010 apontam que 77% da água encanada eram
designadas ao uso agrícola.
Os especialistas no método de dessalinização implantaram neste mês
uma planta dessalinizadora no cultivo de beterraba, manga e sorgo
(cereal de origem africana) no Vale do Yaqui, região agrícola do sul de
Sonora. O objetivo é formar um centro de produção e montagem dessas
estações em no máximo dois anos. O custo do projeto é de cerca de US$ 8
milhões, segundo dados publicados na Terramérica.
A desvantagem deste recurso é o local de destino deste excesso de
sal, pois este resíduo no fundo do mar danifica corais, recifes e ainda
pode desequilibrar a atividade dos oceanos. Outro fator negativo é o
custo deste tratamento. Pesquisadores ainda não conseguiram reduzir o
valor da produção de 1 litro de água que sai por no mínimo US$ 0,50
(cerca de R$ 1). Além disso, conflitos políticos interferem no valor,
pois estados detentores de litorais brigam pelo direito a maior parte de
salinas.
Existem vários métodos para reduzir a quantidade de sal da água e
também transformá-la para beber. A dessalinização é apenas uma delas. Os
processos de destilação, cristalização e absorção exigem uso de
energia. No caso da osmose inversa e filtração seletiva, por exemplo, é
preciso que a água passe por membranas e pressão mecânica.
O Instituto Internacional de Dessalinização anuncia que existem 15.
988 estações dessalinizadoras com competência para abrigar mais de 66
bilhões de metros cúbicos por dia e atender mais de 280 milhões de
pessoas.
No mundo os seis maiores produtores de água dessalinizada são a
Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Espanha, Kuwait e
Japão. Aqui no Brasil, Pernambuco e Paraíba fazem parte do grupo das 65
usinas dessalinizadoras, segundo informações do Ministério do Meio
Ambiente.
Atualizado: 14/05/2013 10:35 | Por Portal EcoD
Água do mar é dessalinizada e distribuída a agricultores no México
Usando
um novo método de filtragem, estudiosos do México vêm conseguindo
realizar dessalinização das águas salgadas. A dessalgação ou
dessalinização desponta como possibilidade em locais onde há escassez do
recurso e dotados de vasto litoral, no entanto, exige mais pesquisa e
existe riscos para a natureza. Mas agricultores já estão sendo
beneficiados, segundo informações do Envolverde.
Foram instaladas
plantas dessalinizadoras para experimentar o método da filtragem e
atender as necessidades hídricas do Estado de Sonora (MEX). A filtragem
consiste em criar lagoas de secagem em um local intitulado Centro
Regional de Pesquisa e Desenvolvimento da Água e da Energia, colocar a
mistura de água salgada com solvente para que membranas semipermeáveis
realizem a separação e deixar o sal confinar no fundo do lago, conforme
desenvolvido pela Comissão Estatal da Água.
A destinação do
resíduo dessa filtragem é um dos maiores problemas, pois esse sal
confinado pode gerar desequilíbrio nos oceanos e afetar recifes e
corais. Além disso, há custos, cerca de U$ 0,50 (cerca de R$ 1), por
litro, e questões políticas envolvidas, pois os estados detentores de
litorais teriam maiores possibilidades e isso pode gerar conflitos.
O
diretor do Escritório Noroeste do Centro Mexicano de Direito Ambiental,
Augustín Bravo, em entrevista ao site Terramérica, afirmou que “é uma
opção viável, mas deve ser a última após se esgotarem todas as outras”.
“O
problema do abastecimento em zonas desérticas ou semidesérticas tem a
ver com a falta de uma política hídrica integral e ecossistemática que
atenda e privilegie as necessidades humanas, entre outras”, completou
Augustín.
Diferentes meios
É possível reduzir a salinidade
da água pela destilação, cristalização ou congelamento, e a absorção ou
ionização, isso exige uso de energia. Já a osmose inversa, a filtração, a
eletrodiálise ou filtração seletiva ocorrem com a passagem da água por
membranas mediante pressão mecânica.
O Instituto Internacional de
Dessalgação informa que existem 15.988 estações de dessalinização, que
possuem capacidade instalada superior a 66 milhões de metros cúbicos
diários, e atendem mais de 300 milhões de pessoas.
Fontes:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
Licença padrão do YouTube http://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/dessalinizacao-da-agua-do-mar-no-mexico/ http://noticias.br.msn.com/verde/%C3%A1gua-do-mar-%C3%A9-dessalinizada-...
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