Tecnologia converte água salobra em potável - 54min.
A
dessalinização é vista como uma arma efetiva contra a falta de água
doce, embora os riscos de contaminação decorrentes do processo tenham
disparado vários alarmes. Diante da seca que ameaça o México, a
dessalinização da água aparece como uma opção viável, embora
especialistas questionem seus efeitos ambientais. Um dos métodos é a
filtragem por meio de membranas semipermeáveis para reter os sais.
"Esta e outras tecnologias buscam resolver problemas de certas áreas com baixa disponibilidade do recurso e para isso é preciso apenas acesso ao mar ou a zonas de água salobra", explicou ao Terramérica o pesquisador Rodrigo González. "Representam uma oportunidade para zonas costeiras com características áridas ou semiáridas", ressaltou este especialista do Departamento de Ciências da Água e do Meio Ambiente do Instituto Tecnológico de Sonora (Itson, estatal).
Para experimentar esse método e atender as necessidades hídricas do Estado de Sonora, o Itson e a local Comissão Estatal da Água criaram o Centro Regional de Pesquisa e Desenvolvimento da Água e da Energia, cuja função é armar e instalar plantas dessalinizadoras.
No ano passado, o México sofreu uma dura e persistente seca que afetou especialmente uma vasta área entre o centro e o norte do país, com forte impacto sobre a agricultura, a pecuária e o bem-estar de dezenas de comunidades. A previsão para este ano não é muito diferente, com especial prejuízo para o norte.
A disponibilidade de água neste país, hoje com 117 milhões de habitantes, era, em 2010, de 4.250 metros cúbicos por pessoa, que cairá para 3.936, em 2020, e para 3.822 em 2025, um nível considerado entre médio e muito baixo, segundo projeções da Comissão Nacional da Água (Conagua). As estatísticas de 2010 indicam que 77% da água encanada eram destinada a usos agrícolas.
A dessalinização ou dessalgação, "é uma opção viável, mas deve ser a última após se esgotarem todas as outras", disse ao Terramérica o diretor do Escritório Noroeste do não governamental Centro Mexicano de Direito Ambiental, Agustín Bravo. "O problema do abastecimento em zonas desérticas ou semidesérticas tem a ver com a falta de uma política hídrica integral e ecossistemática que atenda e privilegie as necessidades humanas entre outras", criticou.
O recurso potável
Existem diversos métodos de dessalinização, como destilação, cristalização ou congelamento, e a absorção ou mudança iônica, que requerem o uso de energia, enquanto a osmose inversa, ou filtração, e a eletrodiálise, ou filtração seletiva, ocorrem com a passagem da água por membranas mediante pressão mecânica.
As águas salobras contêm entre um mil e dez mil partes por milhão (ppm) de sais, as chamadas salinas entre dez mil e 30 mil ppm, e as do mar entre 30 mil e 50 mil ppm, enquanto a potável apresenta menos de um mil ppm. A água marinha contém principalmente clorito, sódio, sulfato, magnésio, cálcio e potássio.
Existem no mundo 15.988 estações de dessalinização, que possuem capacidade instalada superior a 66 milhões de metros cúbicos diários, e atendem mais de 300 milhões de pessoas, segundo os últimos dados da Associação Internacional de Dessalgação (IDA). O estatal Instituto Mexicano de Tecnologia da Água lista 435 plantas em operação, a maior funcionando no Estado de Baixa Califórnia Sul com capacidade de 200 litros por segundo. A maioria dessas instalações trabalha para o setor turístico.
Porém, esse método de tornar a água potável não conta neste país com um contexto regulatório que aborde os processos e o despejo dos resíduos líquidos. Na verdade, a única norma de qualidade estipula um nível máximo de sólidos dissolvidos totais de um mil ppm.
"Persiste um limbo jurídico. Não está claro exatamente como serão regularizados todos os passos para dessalinizar. Se será competência das autoridades nacionais, dos Estados e dos municípios, e, também, os possíveis efeitos negativos sobre o meio ambiente", disse ao Terramérica o acadêmico César Nava, do Instituto de Pesquisas Jurídicas da Universidade Nacional Autônoma do México.
Os riscos do benefício
A dessalinização implica benefícios como a redução do consumo de água doce, o fim da redução dos aquíferos e a possibilidade de recarregá-los. Mas os especialistas insistem nos possíveis danos ecológicos desta tecnologia, cujo custo por metro cúbico equivale a US$ 0,50.
No processo "é gerada uma salmora, mais concentrada do que no mar, que é preciso dispor de uma maneira segura e, além disso, separar o sal exige um consumo importante de energia", afirmou González, que construiu junto com sua equipe modelos de osmose inversa, eletrodiálise e termossolar.
Os pesquisadores instalaram este mês uma planta dessalinizadora em um cultivo de manga, sorgo e beterraba no Vale do Yaqui, região agrícola do sul de Sonora. A meta é contar, no prazo de dois anos, com um centro de produção e montagem de estações, cujo custo é de aproximadamente US$ 8 milhões.
A mistura é depositada em lagoas de secagem, onde a água evapora e o sal fica confinado ou é lançado no oceano. Mas esta opção pode prejudicar bancos de coral, pastagens e espécies marinhas. "As águas lançadas no mar não diluem, seu comportamento hidrodinâmico é como um fluido, vai emigrando e seus danos não estão devidamente estudados nem avaliados", assegurou Bravo.
O governo do presidente Enrique Peña Nieto pretende apresentar este ano ao parlamento um projeto de nova lei de águas nacionais, que incluirá a abordagem deste método e delimitará situações como a propriedade do recurso dessalinizado quando se entregar em concessão o serviço a particulares.
"Esta e outras tecnologias buscam resolver problemas de certas áreas com baixa disponibilidade do recurso e para isso é preciso apenas acesso ao mar ou a zonas de água salobra", explicou ao Terramérica o pesquisador Rodrigo González. "Representam uma oportunidade para zonas costeiras com características áridas ou semiáridas", ressaltou este especialista do Departamento de Ciências da Água e do Meio Ambiente do Instituto Tecnológico de Sonora (Itson, estatal).
Para experimentar esse método e atender as necessidades hídricas do Estado de Sonora, o Itson e a local Comissão Estatal da Água criaram o Centro Regional de Pesquisa e Desenvolvimento da Água e da Energia, cuja função é armar e instalar plantas dessalinizadoras.
No ano passado, o México sofreu uma dura e persistente seca que afetou especialmente uma vasta área entre o centro e o norte do país, com forte impacto sobre a agricultura, a pecuária e o bem-estar de dezenas de comunidades. A previsão para este ano não é muito diferente, com especial prejuízo para o norte.
A disponibilidade de água neste país, hoje com 117 milhões de habitantes, era, em 2010, de 4.250 metros cúbicos por pessoa, que cairá para 3.936, em 2020, e para 3.822 em 2025, um nível considerado entre médio e muito baixo, segundo projeções da Comissão Nacional da Água (Conagua). As estatísticas de 2010 indicam que 77% da água encanada eram destinada a usos agrícolas.
A dessalinização ou dessalgação, "é uma opção viável, mas deve ser a última após se esgotarem todas as outras", disse ao Terramérica o diretor do Escritório Noroeste do não governamental Centro Mexicano de Direito Ambiental, Agustín Bravo. "O problema do abastecimento em zonas desérticas ou semidesérticas tem a ver com a falta de uma política hídrica integral e ecossistemática que atenda e privilegie as necessidades humanas entre outras", criticou.
O recurso potável
Existem diversos métodos de dessalinização, como destilação, cristalização ou congelamento, e a absorção ou mudança iônica, que requerem o uso de energia, enquanto a osmose inversa, ou filtração, e a eletrodiálise, ou filtração seletiva, ocorrem com a passagem da água por membranas mediante pressão mecânica.
As águas salobras contêm entre um mil e dez mil partes por milhão (ppm) de sais, as chamadas salinas entre dez mil e 30 mil ppm, e as do mar entre 30 mil e 50 mil ppm, enquanto a potável apresenta menos de um mil ppm. A água marinha contém principalmente clorito, sódio, sulfato, magnésio, cálcio e potássio.
Existem no mundo 15.988 estações de dessalinização, que possuem capacidade instalada superior a 66 milhões de metros cúbicos diários, e atendem mais de 300 milhões de pessoas, segundo os últimos dados da Associação Internacional de Dessalgação (IDA). O estatal Instituto Mexicano de Tecnologia da Água lista 435 plantas em operação, a maior funcionando no Estado de Baixa Califórnia Sul com capacidade de 200 litros por segundo. A maioria dessas instalações trabalha para o setor turístico.
Porém, esse método de tornar a água potável não conta neste país com um contexto regulatório que aborde os processos e o despejo dos resíduos líquidos. Na verdade, a única norma de qualidade estipula um nível máximo de sólidos dissolvidos totais de um mil ppm.
"Persiste um limbo jurídico. Não está claro exatamente como serão regularizados todos os passos para dessalinizar. Se será competência das autoridades nacionais, dos Estados e dos municípios, e, também, os possíveis efeitos negativos sobre o meio ambiente", disse ao Terramérica o acadêmico César Nava, do Instituto de Pesquisas Jurídicas da Universidade Nacional Autônoma do México.
Os riscos do benefício
A dessalinização implica benefícios como a redução do consumo de água doce, o fim da redução dos aquíferos e a possibilidade de recarregá-los. Mas os especialistas insistem nos possíveis danos ecológicos desta tecnologia, cujo custo por metro cúbico equivale a US$ 0,50.
No processo "é gerada uma salmora, mais concentrada do que no mar, que é preciso dispor de uma maneira segura e, além disso, separar o sal exige um consumo importante de energia", afirmou González, que construiu junto com sua equipe modelos de osmose inversa, eletrodiálise e termossolar.
Os pesquisadores instalaram este mês uma planta dessalinizadora em um cultivo de manga, sorgo e beterraba no Vale do Yaqui, região agrícola do sul de Sonora. A meta é contar, no prazo de dois anos, com um centro de produção e montagem de estações, cujo custo é de aproximadamente US$ 8 milhões.
A mistura é depositada em lagoas de secagem, onde a água evapora e o sal fica confinado ou é lançado no oceano. Mas esta opção pode prejudicar bancos de coral, pastagens e espécies marinhas. "As águas lançadas no mar não diluem, seu comportamento hidrodinâmico é como um fluido, vai emigrando e seus danos não estão devidamente estudados nem avaliados", assegurou Bravo.
O governo do presidente Enrique Peña Nieto pretende apresentar este ano ao parlamento um projeto de nova lei de águas nacionais, que incluirá a abordagem deste método e delimitará situações como a propriedade do recurso dessalinizado quando se entregar em concessão o serviço a particulares.
"Meu medo é que se atenda a questões políticas, porque então os governos locais de zonas costeiras com escassez de água serão os que ficarão com a decisão final. Se a lei não contemplar cláusulas de proteção, prevalecerão favoritismos e a amizade e assim poderá haver uma orientação que não vai salvaguardar o interesse público", alertou Nava.
Desde 2010 está pronta para aprovação uma regulamentação a respeito, da qual González participou, mas o governo ainda não deu luz verde.
Dessalinização
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Dessalinização refere-se a vários processos físico-químicos de retirada de excesso de sal e outros minerais da água. De modo geral, refere-se a retirada de sais e outros minerais da água ou do solo.1 2 3A dessalinização d'água é muito utilizada em regiões onde a água doce é escassa ou de difícil acesso, como no Oriente Médio, na Austrália4 e no Caribe, em navios transatlânticos e submarinos. A água doce obtida é utilizada para consumo humano ou irrigação. Algumas vezes o processo produz sal de cozinha como subproduto.
Plantas de Dessalinização no Mundo
As grandes reservas de energias existentes em muitos países do Oriente Médio juntamente com sua escassez de água levou a construção de grandes plantas de dessalinização nesta região. Nos meados de 2007, o Oriente Médio produzia cerca de ¾ de toda água dessalinizada do mundo.5 No mundo inteiro, há 13.800 plantas de dessalinização que produzem no total mais de 45,5 bilhões de litros de água por dia de acordo com a International Desalination Association.6 o Sal retirado do Brasil em média é de 3%.A maior planta de dessalinização do Mundo é a localizada em Hadera, norte de Israel [1], seguida pela de Jebel Ali - Phase 2 nos Emirados Árabes Unidos. Utiliza o processo de destilação em multi-estágios para produzir 300 milhões de metros cúbicos de água por ano (cerca de 9.460 litros por segundo). Em Israel, 15% da água de consumo doméstico provém da dessalinização de agua do mar, as maiores usinas estando em Ascalão e Palmach (ao sul de Tel Aviv). Em Eilat, toda a água consumida é dessalinizada. 7 Nos Estados Unidos, a maior planta de dessalinização está em Tampa Bay, Florida, e começou produzindo 95.000 m³ de água por dia em dezembro de 2007..8 A planta de dessalinização de Tampa Bay tem atualmente só 12% de produção da planta de Jebel Ali .
Processos de Dessalinização
No planeta Terra, as águas cobrem 3/4 da superfície, mas cerca de 97,2 % destas são salgadas, isto é, apresentam um total de sólidos dissolvidos (TSD) que as tornam impróprias para consumo humano ou irrigação.Na natureza, a dessalinização é um processo contínuo e natural, alimentador do Ciclo hidrológico, que se comporta como um sistema físico, fechado, sequencial e dinâmico. Devido à ação da energia solar, ocorre a evaporação de um grande volume de água dos oceanos, dos mares e dos continentes. Os sais permanecem na solução e os vapores, por condensação, vão formar as nuvens, as quais originam as chuvas e outras formas de precipitação. Esta água doce, por gravidade, volta aos oceanos e mares, alimentando os rios, os lagos, as lagoas, que, devido à dinâmica do processo, reassimilam uma nova carga salina e, assim, todo o ciclo continua. Por necessidade de sobrevivência, o homem copiou a Natureza e desenvolveu métodos e técnicas de dessalinização das águas com elevado conteúdo salino para obter água doce.
O principal problema das tecnologias de dessalinização é conseguir diminuir o custo final da água doce, para que esta possa estar disponível em quantidades suficientes até nas regiões onde é escassa.
A dessalinização em grande escala, tipicamente, consome grande quantidade de energia e depende de plantas de produção caras e específicas. Portanto, é sempre mais cara, em relação a água doce de rios ou subterrânea.
Há vários métodos conhecidos para se fazer a conversão, mas apenas dois deles representam 88% da dessalinização global: a osmose inversa e a destilação multiestágios.9
- Osmose inversa: Quando a pressão sobre a solução aumenta fazendo com que haja a separação da água e do sal.
- Dessalinização térmica: Quando a água salgada é evaporada artificialmente e depois condensada. Esse processo separa a água e o sal, pois este não é carregado no processo de evaporação. Isto ocorre na natureza, pois sempre que a água do mar evapora, os sais permanecem e a água das nuvens não é salgada.
- Congelamento: Outro processo envolve o congelamento da água, pois somente a água pode ser congelada (os sais não congelam junto). O processo é basicamente a extração de sais minerais da água através do congelamento. São repetidos inúmeras vezes tal processo para que se consiga água destilada. O processo pode ser feito em grande escala, mas é muito caro, portanto é testado e melhorado apenas em laboratórios, para assim ser barateado. O que se pode fazer é descongelar a água das calotas polares, mas esta não é ainda uma boa solução, pois há o alto custo do descongelamento a se levar em conta.
- Destilação multiestágios: Utiliza-se vapor a alta temperatura para fazer a água do mar entrar em ebulição. São multiestágios pois a água passa por diversas células de ebulição-condensação, garantindo um elevado grau de pureza. Neste processo, a própria água do mar é usada como condensador da água que é evaporada.
- Destilação por forno solar: o forno solar tem como função concentrar os raios solares numa zona especifica, graças a um espelho parabólico. Dessa forma, o recipiente que contém a água a destilar pode chegar a temperaturas maiores que normalmente.
Dessalinização refere-se a vários processos físico-químicos de retirada de excesso de sal e outros minerais da água. De modo geral, refere-se a retirada de sais e outros minerais da água ou do solo.
A dessalinização d’água é muito utilizada em regiões onde a água doce é escassa ou de difícil acesso, como no Oriente Médio, na Austrália e no Caribe, em navios transatlânticos e submarinos. A água doce obtida é utilizada para consumo humano ou irrigação. Algumas vezes o processo produz sal de cozinha como subproduto.
No planeta Terra, as águas cobrem 3/4 da superfície, mas cerca de 97,2 % destas são salgadas, isto é, apresentam um total de sólidos dissolvidos (TSD) que as tornam impróprias para consumo humano ou irrigação.
Na natureza, a dessalinização é um processo contínuo e natural, alimentador do Ciclo Hidrológico, que se comporta como um sistema físico, fechado, sequencial e dinâmico. Devido à ação da energia solar, ocorre a evaporação de um grande volume de água dos oceanos, dos mares e dos continentes. Os sais permanecem na solução e os vapores, por condensação, vão formar as nuvens, as quais originam as chuvas e outras formas de precipitação. Esta água doce, por gravidade, volta aos oceanos e mares, alimentando os rios, os lagos, as lagoas, que, devido à dinâmica do processo, reassimilam uma nova carga salina e, assim, todo o ciclo continua. Por necessidade de sobrevivência, o homem copiou a Natureza e desenvolveu métodos e técnicas de dessalinização das águas com elevado conteúdo salino para obter água doce.
O principal problema das tecnologias de dessalinização é conseguir diminuir o custo final da água doce, para que esta possa estar disponível em quantidades suficientes até nas regiões onde é escassa.
A dessalinização em grande escala, tipicamente, consome grande quantidade de energia e depende de plantas de produção caras e específicas. Portanto, é sempre mais cara, em relação a água doce de rios ou subterrânea.
Israel inaugurou a sua terceira usina de dessalinização no norte da cidade de Hadera. A usina foi considerada a maior usina de dessalinização por osmose reversa do mundo. Ela captura água do Mar Mediterrâneo e a torna potável, a expectativa é que a usina produza 127 milhões de metros cúbicos de água por ano – o suficiente para abastecer um sexto da população israelense.
Criada com um investimento de quase meio bilhão de dólares, a usina foi criada pela IDE Technologies, uma companhia israelense que já construiu duas usinas de dessalinização de água no país junto com a Housing and Construction Group, uma construtora pertencente ao grupo Arison.
O governo foi o responsável pelo plano de criar a usina, com o objetivo de atender as demandas de uma população crescente e com o seu estoque de água sempre ameaçado, dependentes quase que exclusivamente das chuvas de inverno.
Através de um contrato de 25 anos, a água custará um pouco mais de 50 centavos por metro cúbico. Segundo a IDE, a primeira usina de dessalinização, construída na costa de Ashkelon, tem tido um bom desempenho desde 2005. Existe uma terceira usina em Palmahim, ao sul de Tel Aviv. Outras duas usinas estão sendo construídas em Ashhdod e Soreq
Obrigado pela leitura!
Pesquisa, tradução e edição: Rakel Mastrandea Eretyz e Vital Ben Waisermman
Jerusálem,29 Adar 5773-maringá,11 março 2013
Shalôm Aleichem! Paz Seja Convosco!
Atenciosamente, Vital Ben Waisermman, responsável pelo Blog!
* http://blogs.odiario.com/dyaryodyumhebreu/2013/03/11/israel-tem-a-maior-dessalinizacao-do-mundo/
As lições de Israel
Como o árido país vem vencendo a guerra
contra a escassez de água e o que o Brasil pode aprender com isso
Por Edson Franco, enviado especial a Tel-AvivRITUAL
Judeus ortodoxos na cerimônia anual do Tashlich, em praia de Tel-Aviv
Vencidas as batalhas pela independência de
Israel, o primeiro chanceler do recém-nascido país, David Ben-Gurion,
assumiu em maio de 1948 sabendo que uma “guerra” bem mais difícil estava
em curso. Espalhado por uma região desértica, com clima entre tropical e
semi-árido e escassas fontes naturais de água doce, o Estado precisa
lutar diariamente para que sua população não morra de sede. Gurion
resumiu a sua estratégia sob o slogan “fazer o deserto florir” e
estimulou os seus cientistas a descobrir fórmulas para semear oásis.
Passados 63 anos, Israel vem vencendo essa “guerra”.
As principais armas do país têm sido a construção de usinas de dessalinização, o reaproveitamento quase total do esgoto e o combate ao desperdício. Exatamente por isso, florescem empresas que monitoram cada milímetro cúbico de água que flui pelos canos do país com sistemas computadorizados capazes de diagnosticar vazamentos em tempo real. O aproveitamento de cada gota é o mote da Netafim, empresa especializada em sistemas de irrigação. Sua história se confunde com a formação do kibutz Hatzerim, localizado em pleno deserto do Negev. Hoje, o verde domina o lugar, onde famílias compartilham residências, refeitórios e orações com os profissionais da empresa. “Moisés nos trouxe até aqui e mostrou o caminho, só não ensinou a tecnologia para controlar as águas”, brinca Igal Aisenberg, presidente da Netafim.
As principais armas do país têm sido a construção de usinas de dessalinização, o reaproveitamento quase total do esgoto e o combate ao desperdício. Exatamente por isso, florescem empresas que monitoram cada milímetro cúbico de água que flui pelos canos do país com sistemas computadorizados capazes de diagnosticar vazamentos em tempo real. O aproveitamento de cada gota é o mote da Netafim, empresa especializada em sistemas de irrigação. Sua história se confunde com a formação do kibutz Hatzerim, localizado em pleno deserto do Negev. Hoje, o verde domina o lugar, onde famílias compartilham residências, refeitórios e orações com os profissionais da empresa. “Moisés nos trouxe até aqui e mostrou o caminho, só não ensinou a tecnologia para controlar as águas”, brinca Igal Aisenberg, presidente da Netafim.
DESSALINIZAÇÃO
A usina de Ashkelon, segunda maior do planeta
Quando se trata de matar a sede nacional, no entanto, a maior aposta vem mesmo do mar. A cidade litorânea de Ashkelon abriga a segunda maior usina de dessalinização do mundo. Os canos da instalação avançam um quilômetro mar adentro e abastecem as membranas que separam líquidos e sólidos. A empresa por trás do negócio é a IDE Technologies, que comanda mais três usinas no país e produz cerca de 300 milhões de metros cúbicos anuais do líquido. Hoje, quase metade dos israelenses bebe água dessalinizada. “E o melhor é que o custo está cada vez mais baixo. O metro cúbico custa US$ 0,53. No passado não muito distante, eram US$ 3”, contabiliza Fredi Lokiec, vice-presidente executivo da IDE.
AVANÇO
“O custo da dessalinização da água está cada vez mais baixo”,
diz o executivo Fredi Lokiec
Dessalinização da água
Purificar água do mar: solução para a sede mundial
Dessalinização é um processo físico-químico de retirada de sais da água, tornando-a doce e própria para o consumo.
Como se sabe, a notícia de que pode faltar água potável no planeta é tenebrosa ao homem, já existem regiões ameaçadas, as Ilhas são exemplos: Ilha de Chipre, Ilha de Páscoa, Ilha Fernando de Noronha, onde os lençóis freáticos diminuíram em razão da exploração. Em alguns países, como a Arábia Saudita e Israel, este já é um problema.
Então por que não transformar água salgada presente em abundância nestes locais em água doce? Esta é a ideia que pode solucionar este problema ambiental, vejamos os possíveis processos para a dessalinização da água:
Evaporação: a água
salgada é colocada em um tanque com fundo preto e teto de vidro
transparente, este tanque permite que o calor do sol evapore a água.
Observe a figura que ilustra o processo descrito acima:
Observe a figura que ilustra o processo descrito acima:
1. A água salgada é retirada do mar e transferida para o tanque 1 (setas vermelhas);
2. A luz solar incidente (parte superior do tanque: indicada pelas setas brancas), faz com que a água salgada se evapore;
3. O vapor de água passa por um resfriamento e se converte em líquido por condensação: o processo é representado pelas setas amarelas. O produto líquido é a água já no estado puro, esta é recolhida por canaletas e então armazenada no tanque 2.
O processo é simples e barato, o grande problema é que os tanques ocupam extensas áreas e estas precisam receber iluminação solar satisfatória para que a evaporação ocorra com sucesso.
Osmose reversa:
Também conhecida como Osmose Inversa, é onde se exerce forte pressão em uma solução salina. Como o próprio nome já diz, esse processo é o inverso da osmose natural (passagem de uma substância pura para uma solução através de uma membrana semipermeável). Só que para dessalinizar a água é preciso que esta passagem ocorra inversamente: da solução (água e sal) para água pura. Não entendeu? É fácil! O processo consiste em realizar a passagem da água salgada por membranas de fibra oca. Estas fibras contêm poros microscópicos e todo o sal e impurezas presentes na água ficam retidas nestes pequenos poros.
Repare que, ao contrário da osmose comum, a reversa consiste na transferência de uma solução salgada para uma purificada. Este método é o que apresenta perspectivas para a solução da água, atualmente já existem usinas operantes no Golfo Pérsico, Espanha, Malta, Austrália e Caribe convertendo 4,8 bilhões de metros cúbicos de água salgada em água doce, por ano.
Por Líria Alves
Graduada em Química
Equipe Brasil Escola
Dessalinização da água do mar no México
Categorias: Meio Ambiente, Sustentabilidade15 de maio de 2013
publicado por Ingrid Araújo
Em Sonora, estado mexicano, foram instaladas plantas dessalinizadoras no fundo de grandes lagos. Neste local criado pelo Centro Regional de Pesquisa e Desenvolvimento da Água e Energia, especialistas colocaram a mistura de água salgada com solvente para que películas semipermeáveis façam a separação e deixem o sal submerso bem no fundo do lago.
Este recurso foi adotado para amenizar os efeitos da mesma estiagem que assolou o norte do país no ano passado. Em entrevista ao Terramérica, Augústin Bravo, diretor do Escritório Noroeste do não governamental Centro Mexicano de Direito Ambiental, disse que esta opção só deve ser usada quando se esgotarem as demais. Ainda criticou a política hídrica de zonas desérticas que não consegue atender a demanda e privilegiar as necessidades humanas.
Em 2010, o México tinha capacidade hídrica de 4.250 metros cúbicos por pessoa, que pode cair para 3.936 em 2020 e para 3.822 em 2025, nível relativamente baixo, considerando as projeções da Comissão Nacional da Água. Estatísticas de 2010 apontam que 77% da água encanada eram designadas ao uso agrícola.
Os especialistas no método de dessalinização implantaram neste mês uma planta dessalinizadora no cultivo de beterraba, manga e sorgo (cereal de origem africana) no Vale do Yaqui, região agrícola do sul de Sonora. O objetivo é formar um centro de produção e montagem dessas estações em no máximo dois anos. O custo do projeto é de cerca de US$ 8 milhões, segundo dados publicados na Terramérica.
A desvantagem deste recurso é o local de destino deste excesso de sal, pois este resíduo no fundo do mar danifica corais, recifes e ainda pode desequilibrar a atividade dos oceanos. Outro fator negativo é o custo deste tratamento. Pesquisadores ainda não conseguiram reduzir o valor da produção de 1 litro de água que sai por no mínimo US$ 0,50 (cerca de R$ 1). Além disso, conflitos políticos interferem no valor, pois estados detentores de litorais brigam pelo direito a maior parte de salinas.
Água potável
Existem vários métodos para reduzir a quantidade de sal da água e também transformá-la para beber. A dessalinização é apenas uma delas. Os processos de destilação, cristalização e absorção exigem uso de energia. No caso da osmose inversa e filtração seletiva, por exemplo, é preciso que a água passe por membranas e pressão mecânica.O Instituto Internacional de Dessalinização anuncia que existem 15. 988 estações dessalinizadoras com competência para abrigar mais de 66 bilhões de metros cúbicos por dia e atender mais de 280 milhões de pessoas.
No mundo os seis maiores produtores de água dessalinizada são a Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Espanha, Kuwait e Japão. Aqui no Brasil, Pernambuco e Paraíba fazem parte do grupo das 65 usinas dessalinizadoras, segundo informações do Ministério do Meio Ambiente.
Água do mar é dessalinizada e distribuída a agricultores no México
Usando um novo método de filtragem, estudiosos do México vêm conseguindo realizar dessalinização das águas salgadas. A dessalgação ou dessalinização desponta como possibilidade em locais onde há escassez do recurso e dotados de vasto litoral, no entanto, exige mais pesquisa e existe riscos para a natureza. Mas agricultores já estão sendo beneficiados, segundo informações do Envolverde.
Foram instaladas plantas dessalinizadoras para experimentar o método da filtragem e atender as necessidades hídricas do Estado de Sonora (MEX). A filtragem consiste em criar lagoas de secagem em um local intitulado Centro Regional de Pesquisa e Desenvolvimento da Água e da Energia, colocar a mistura de água salgada com solvente para que membranas semipermeáveis realizem a separação e deixar o sal confinar no fundo do lago, conforme desenvolvido pela Comissão Estatal da Água.
A destinação do resíduo dessa filtragem é um dos maiores problemas, pois esse sal confinado pode gerar desequilíbrio nos oceanos e afetar recifes e corais. Além disso, há custos, cerca de U$ 0,50 (cerca de R$ 1), por litro, e questões políticas envolvidas, pois os estados detentores de litorais teriam maiores possibilidades e isso pode gerar conflitos.
O diretor do Escritório Noroeste do Centro Mexicano de Direito Ambiental, Augustín Bravo, em entrevista ao site Terramérica, afirmou que “é uma opção viável, mas deve ser a última após se esgotarem todas as outras”.
“O problema do abastecimento em zonas desérticas ou semidesérticas tem a ver com a falta de uma política hídrica integral e ecossistemática que atenda e privilegie as necessidades humanas, entre outras”, completou Augustín.
Diferentes meios
É possível reduzir a salinidade da água pela destilação, cristalização ou congelamento, e a absorção ou ionização, isso exige uso de energia. Já a osmose inversa, a filtração, a eletrodiálise ou filtração seletiva ocorrem com a passagem da água por membranas mediante pressão mecânica.
O Instituto Internacional de Dessalgação informa que existem 15.988 estações de dessalinização, que possuem capacidade instalada superior a 66 milhões de metros cúbicos diários, e atendem mais de 300 milhões de pessoas.
Fontes:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
Licença padrão do YouTube
http://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/dessalinizacao-da-agua-do-mar-no-mexico/
http://noticias.br.msn.com/verde/%C3%A1gua-do-mar-%C3%A9-dessalinizada-...
http://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/dessalinizacao-da-agua-do-mar-no-mexico/
http://noticias.br.msn.com/verde/%C3%A1gua-do-mar-%C3%A9-dessalinizada-...
http://www.istoe.com.br/reportagens/137099_AS+LICOES+DE+ISRAEL
http://www.brasilescola.com/quimica/dessalinizacao-agua.htm
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