BACH - CANTATE DU CAFE - ROLF REINHART ( 1954 ) Vinyl
Johann Sebastian BACH
CANTATE DU CAFE
Leipzig 1734-35
Friderike Sailer - Johannes Feyerabend - Bruno Mueller
Pro Musica Orchestra Stuttgart
Direction Rolf REINHART
Por esses e tantos outros motivos, a Cafeteria do Museu é parada obrigatória para turistas e moradores da região que passam pelo Centro Histórico de Santos. Localizada no piso térreo do edifício da Bolsa Oficial de Café, a Cafeteria do Museu oferece um ambiente agradável e aconchegante, ideal para saborear um bom café. No entanto, seu cardápio vai muito além do tradicional “espresso”.
São diversas opções de bebidas quentes e geladas, drinks e doces a base de café, sanduíches e salgados, além de cafés das mais variadas regiões produtoras, para saborear na hora ou levar para casa.É também na Cafeteria do Museu que o visitante pode escolher um souvenir para guardar de lembrança. São objetos personalizados, como xícaras, camisetas, entre tantas outras opções. Ideal para levar de recordação ou presentear pessoas especiais.
Brasil aprova norma para Produção Integrada do Café
A Produção Integrada do Café é uma iniciativa
brasileira que tem como foco tornar o processo produtivo do café mais
sustentável, por meio da adoção das Boas Práticas
Agrícolas, rastreabilidade e sustentabilidade econômica, social e
ambiental. A medida vem ao encontro das exigências dos consumidores, que
já cobram e valorizam condições apropriadas de produção e certificação
do produto.
A Instrução Normativa (IN) nº 49, que estabelece as normas técnicas específicas para a Produção Integrada do Café, foi publicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa no Diário Oficial da União (DOU) do dia 25 de setembro. A norma será um dos temas em debate durante o VIII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, a ser realizado em Salvador-BA, de 25 a 28 de novembro. O evento é uma promoção do Consórcio Pesquisa Café, cujo programa de pesquisa é coordenado pela Embrapa Café.
A Instrução Normativa incentiva a adoção de tecnologias de melhor eficiência produtiva e econômica e baixo impacto ambiental e favorece a rastreabilidade da produção e do produto, desde a instalação da lavoura até a comercialização. Seus princípios atendem às exigências internacionais de custos reduzidos e fácil aplicabilidade a pequenos e médios produtores. Além disso, prevê o aperfeiçoamento gradativo e contínuo de maior número de cafeicultores, a ser realizado de acordo com a demanda do setor. Estima-se que o primeiro treinamento para auditores e responsáveis técnicos ocorra no início de 2014. A adesão é voluntária, podendo ser feita por cooperativas, associações e de forma individual.
Tópicos da norma – A IN nº 49 determina os requisitos obrigatórios, recomendados e proibidos para 15 áreas temáticas: gestão da propriedade; organização de produtores; gestão ambiental; material propagativo; localização e implantação de cafezais; fertilidade do solo e nutrição do cafeeiro; manejo do solo, da cobertura vegetal e do cafeeiro; disponibilidade de água e irrigação; proteção integrada do cafeeiro; colheita; pós-colheita; monitoramento de resíduos de agrotóxicos; legislação trabalhista, segurança, saúde e bem estar do trabalhador, registro de informações, rastreabilidade e verificação de conformidade; e certificação.
Entre as obrigatoriedades previstas estão: identificação de possíveis fontes de poluição, dentro e fora da propriedade; manutenção de áreas de proteção biológica; disposição de lugares seguros e limpos para armazenagem; realização de análise anual de solo; manutenção de programa e monitoramento de resíduos de agrotóxicos nos grãos de café; registro da remuneração dos trabalhadores de acordo com a legislação vigente, adotando medidas para reduzir acidentes e a insalubridade no ambiente de trabalho. Entre as proibições: cultivo de café em áreas de proteção ambiental, preservação permanente ou em áreas de desmatamento ilegal recente; formação de lavouras em áreas vedadas pela legislação ambiental; aplicação de herbicida sem uso de Equipamentos de Proteção Individual – EPIs, utilização de agrotóxicos via água de irrigação; e uso de agrotóxicos sem registro para café no Brasil. Ainda sobre agrotóxicos, prevê que toda tomada de decisão sobre a aplicação de pesticidas, fertilizantes e de corretivos agrícolas só deverá ser feita se o monitoramento indicar a necessidade, o que significa além da preservação ambiental, economia de custos com insumos agrícolas, mais segurança alimentar e saúde para o trabalhador e o consumidor.
Saiba mais sobre o assunto na entrevista com o coordenador de produção integrada da cadeia agrícola do Mapa, Marcus Vinícius de Miranda Martins, fiscal federal agropecuário e engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal de Lavras – Ufla.
Embrapa Café: O que é a Produção Integrada do Café, como surgiu a motivação brasileira para esse iniciativa? Além do Ministério da Agricultura, quais instituições estão à frente desse processo?
Marcus Martins: Produção Integrada é um sistema de produção que gera alimentos e demais produtos de alta qualidade e seguros, mediante a aplicação de recursos naturais e regulação de mecanismos para a substituição de insumos poluentes, garantindo a sustentabilidade e viabilizando a rastreabilidade da produção agropecuária. Atualmente, a Produção Integrada tem atuação em mais de 30 cadeias produtivas agrícolas, entre elas, a cadeia produtiva do café. Essa iniciativa teve início em 2005, em uma parceria entre o Mapa e a Universidade Federal de Viçosa - UFV e tem como foco tornar o processo produtivo do café mais sustentável, por meio da adoção das Boas Práticas Agrícolas, rastreabilidade e sustentabilidade econômica e social. A implantação da Produção Integrada na cultura do café representa opção técnica e ambientalmente vantajosa para o controle dos principais problemas que afetam essa cultura. Diversas instituições participaram desse trabalho, entre UFV, Embrapa Café, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - Epamig, Ufla e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq.
Embrapa Café: O que é rastreabilidade e certificação de produto agrícola e como surgiram no Brasil? Como têm sido aplicados tradicionalmente à cultura do café?
Marcus Martins: Rastreabilidade na agropecuária pode ser definida como a identificação, acompanhamento e registro de todas as fases operacionais do processo produtivo, desde a fonte da produção até a comercialização. Certificar é garantir a procedência, qualidade, especificação e modelo de produção. Rastrear e certificar são processos que já são adotados há muitos anos em vários países e em vários setores da indústria, comércio e agricultura. Não dá para se precisar uma data específica, mas destacam-se como exemplos de adoção de rastreabilidade e certificação na agropecuária: a produção de carne e de frutas que, por exigências de outros países, tiveram que adotar esses processos para se garantir mercado. Na cultura do café, já existem várias protocolos de certificação, mas o diferencial da Produção Integrada é que é um processo de certificação com chancela de governo, no caso, do Mapa e do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - Inmetro.
Embrapa Café: De forma prática, como deverá funcionar a Produção Integrada do Café para que os objetivos de rastreabilidade, sustentabilidade e certificação sejam alcançados? Como esse sistema de produção propicia a realização desses três importantes valores agregados?
Marcus Martins: A metodologia de trabalho da Produção Integrada, de uma maneira geral, inicia-se com palestras de sensibilização de produtores e técnicos sobre o histórico, conceitos e situação atual da Produção Integrada. Posteriormente apresenta-se a norma da Produção Integrada do Café para que seja validada em campo nas diferentes regiões do Brasil. Produtores que quiserem se certificar pela Produção Integrada devem começar a adotar a norma pelo menos um ano antes da solicitação de certificação, para que possa haver um registro histórico das informações de produção, base para se obter a rastreabilidade e solicitar a auditoria de certificação. Antes de se obter a certificação, é necessário que ocorra a capacitação dos auditores das certificadoras e dos responsáveis técnicos das propriedades rurais. Instituições com corpo técnico qualificado podem organizar essas capacitações, desde que sigam a ementa dos cursos que consta em documento anexo às normas.
Embrapa Café: Como produtor, trabalhador, consumidor e sociedade serão beneficiados com a implantação da Produção Integrada do Café em lavouras brasileiras?
Marcus Martins: O café certificado pela adoção da produção integrada garante que o produtor cumpre a legislação vigente e produz café com rastreabilidade e sustentabilidade econômica, ambiental e social. O consumidor que adquirir esse café certificado terá a garantia de estar consumindo um alimento seguro e com garantia de qualidade.
Embrapa Café: O consumidor vem adquirindo consciência crescente sobre a importância de comprar produtos de qualidade. Mas muitos ainda dão preferência para o produto mais barato. A norma de Produção Integrada do Café deverá equacionar essa questão ao melhorar a qualidade também dos cafés de menor preço, mais acessível à população de baixa renda? A certificação poderá abarcar todos os tipos de café e preferências dos consumidores? Por que o consumidor deve preferir comprar produtos certificados?
Marcus Martins: Café certificado tem garantia de qualidade porque anualmente recebe uma auditoria que irá verificar se ele cumpre as normas de certificação. O cumprimento das normas de produção integrada pelo produtor garante que aquele café é seguro para o consumo. Os produtos certificados têm maior valor agregado, mas não necessariamente precisam ser mais caros. À medida que houver mais produtos certificados no mercado, mais baratos se tornarão. Pesquisas comprovam que atualmente o consumidor está disposto a pagar um pouco a mais no preço do produto para obter um produto com garantida de origem e qualidade.
Embrapa Café: Do ponto de vista ambiental, quais são os ganhos propiciados a partir da aplicação das normas da Produção Integrada do Café? Como será feito o monitoramento da aplicação de pesticidas, fertilizantes e de corretivos agrícolas para que sejam usados na medida da necessidade? O que isso poderá trazer de valor agregado ao produto?
Marcus Martins: Todo produto certificado pela produção integrada deve cumprir legislação vigente, inclusive a ambiental. O monitoramento do uso de insumos é feito por meio dos registros de todas as etapas da produção, inseridos em cadernos de campo e em cadernos de pós-colheita. Além disso, o produtor deve adotar todas as recomendações técnicas para a cultura e também as Boas Práticas Agrícolas. Todo esse acompanhamento do processo produtivo garante um produto com valor agregado, o que pode ser comprovado por testes laboratoriais, melhor apresentação, maior durabilidade e melhor sabor.
Embrapa Café: Tem conhecimentos sobre os estudos ligados à Produção Integrada do Café já realizados pelo Consórcio Pesquisa Café, cujo programa de pesquisa é coordenado pela Embrapa Café, e dos principais resultados obtidos? Teria sugestões de como o Consórcio Pesquisa Café poderia direcionar suas pesquisas e atividades de transferência de tecnologia para atender o desafio da Produção Integrada do Café?
Marcus Martins: Estive na última reunião do Consórcio Pesquisa Café, na qual foram apresentados o planejamento e os resultados já alcançados na execução dos trabalhos. Para a Produção Integrada do Café, é importante focar na pesquisa básica e de suporte em Manejo Integrado de Pragas - MIP; em mecanismos de adoção de rastreabilidade na cadeia produtiva do café e no desenvolvimento de tecnologias para uso racional de insumos agropecuários.
Embrapa Café: Acredita que as propriedades, de forma geral, estão preparadas para essa nova fase da cafeicultura? Como o Ministério e demais instituições estão se articulando para dar condições de efetiva implantação das normas de produção integrada do café no Brasil? Quais as ações já realizadas e as que estão por acontecer? Como será conduzida a adesão dos produtores?
Marcus Martins: A cadeia produtiva do café é uma das mais organizadas do agronegócio brasileiro e, portanto, os produtores não terão dificuldades em adotar as normas da Produção Integrada do Café. No curto prazo, nosso objetivo será realizar palestras de divulgação e sensibilização junto ao setor produtivo e, a médio prazo, elaborar campanha de promoção e divulgação tanto para o produtor quanto para o consumidor. Como a norma foi publicada há poucos dias, nesse momento, estamos na fase de elaboração de estratégias. Fomos convidados para apresentar, em novembro, a norma durante o VIII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil. A adesão dos produtores poderá ocorrer individualmente ou por meio de grupo de produtores. Nesse último caso, a associação ou cooperativa solicita a certificação em grupo, o que irá baratear os custos da certificação.
Embrapa Café: Para quando estão previstos os treinamentos para capacitação de técnicos? E a capacitação de produtores? Onde os produtores podem obter mais informações sobre a norma da Produção Integrada do Café, adoção da prática e o andamento das ações?
Marcus Martins: Estima-se que o primeiro treinamento para auditores e responsáveis técnicos ocorra no início de 2014. Quanto à capacitação de produtores, ela é contínua e acontecerá de acordo com a demanda do setor produtivo, podendo ocorrer sempre que houver demanda. As informações podem ser obtidas diretamente no MAPA pelo sitio (www.agricultura.gov.br), por email (producao.integrada@agricultura.gov.br) ou por telefone (61-32182390).
Embrapa Café: Como está a expectativa dos produtores de café e da sociedade em geral em relação à aplicação e resultados da norma da Produção Inegrada do Café?
Marcus Martins: A norma da Produção Inegrada do Café é um anseio do setor produtivo desde 2007, portanto foi muito bem recebida por quem tem interesse em produzir um café com sustentabilidade e garantia de origem. À medida que a norma for divulgada, temos certeza de que mais pessoas terão interesse em conhecê-la e adotá-la.
Embrapa Café: Há produtores de café que se adiantaram e já aplicam as diretrizes da Produção Inegrada do Café ou já adotam normas de certificação em suas propriedades? Como é feito o processo de certificação e quanto tempo dura?
Marcus Martins: Não temos conhecimento do número exato de produtores que já adotam as diretrizes da Produção Integrada do Café mas, especialmente em Minas Gerais, onde o trabalho a campo foi produzido, sabemos que muitos têm condições de adotar as normas.
Embrapa Café: A Produção Inegrada do Café e a certificação repercutem de que forma no mercado nacional e internacional? Do ponto de vista socio-econômico e ambiental, quais são os resultados e os impactos esperados para o agronegócio café e a economia brasileira?
Marcus Martins: O mercado nacional ainda não valoriza, como deveria, produto certificado com garantia de origem e com valor agregado, diferentemente dos mercados internacionais que exigem produtos com rastreabilidade ou certificados. Os resultados esperados são bastante promissores, seja por exigência dos compradores de café seja por iniciativa própria do setor produtivo.
Embrapa Café: Teria mais informações a acrescentar sobre o assunto?
Marcus Martins: Esperamos para 2014 uma grande adesão dos produtores brasileiros à Produção Integrada do Café com vistas à agregação de valor ao café brasileiro.
Conquista de todos – A norma sobre Produção Integrada do Café é resultado do esforço conjunto de pesquisadores, agentes da cadeia produtiva e consumidores cada vez mais conscientes da necessidade de investir em qualidade e valor agregado ao produto por meio da adoção de boas práticas agrícolas, visando à sustentabilidade econômica, social e ambiental. Em outras palavras, a norma é uma adaptação do conjunto de diretrizes técnicas desse sistema de produção em mecanismos de regulação para produzir alimentos de alta e diferenciada qualidade com sustentabilidade e competitividade.
As informações são da Embrapa Café, adaptadas pelo CafePoint
A Instrução Normativa (IN) nº 49, que estabelece as normas técnicas específicas para a Produção Integrada do Café, foi publicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa no Diário Oficial da União (DOU) do dia 25 de setembro. A norma será um dos temas em debate durante o VIII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, a ser realizado em Salvador-BA, de 25 a 28 de novembro. O evento é uma promoção do Consórcio Pesquisa Café, cujo programa de pesquisa é coordenado pela Embrapa Café.
A Instrução Normativa incentiva a adoção de tecnologias de melhor eficiência produtiva e econômica e baixo impacto ambiental e favorece a rastreabilidade da produção e do produto, desde a instalação da lavoura até a comercialização. Seus princípios atendem às exigências internacionais de custos reduzidos e fácil aplicabilidade a pequenos e médios produtores. Além disso, prevê o aperfeiçoamento gradativo e contínuo de maior número de cafeicultores, a ser realizado de acordo com a demanda do setor. Estima-se que o primeiro treinamento para auditores e responsáveis técnicos ocorra no início de 2014. A adesão é voluntária, podendo ser feita por cooperativas, associações e de forma individual.
Tópicos da norma – A IN nº 49 determina os requisitos obrigatórios, recomendados e proibidos para 15 áreas temáticas: gestão da propriedade; organização de produtores; gestão ambiental; material propagativo; localização e implantação de cafezais; fertilidade do solo e nutrição do cafeeiro; manejo do solo, da cobertura vegetal e do cafeeiro; disponibilidade de água e irrigação; proteção integrada do cafeeiro; colheita; pós-colheita; monitoramento de resíduos de agrotóxicos; legislação trabalhista, segurança, saúde e bem estar do trabalhador, registro de informações, rastreabilidade e verificação de conformidade; e certificação.
Entre as obrigatoriedades previstas estão: identificação de possíveis fontes de poluição, dentro e fora da propriedade; manutenção de áreas de proteção biológica; disposição de lugares seguros e limpos para armazenagem; realização de análise anual de solo; manutenção de programa e monitoramento de resíduos de agrotóxicos nos grãos de café; registro da remuneração dos trabalhadores de acordo com a legislação vigente, adotando medidas para reduzir acidentes e a insalubridade no ambiente de trabalho. Entre as proibições: cultivo de café em áreas de proteção ambiental, preservação permanente ou em áreas de desmatamento ilegal recente; formação de lavouras em áreas vedadas pela legislação ambiental; aplicação de herbicida sem uso de Equipamentos de Proteção Individual – EPIs, utilização de agrotóxicos via água de irrigação; e uso de agrotóxicos sem registro para café no Brasil. Ainda sobre agrotóxicos, prevê que toda tomada de decisão sobre a aplicação de pesticidas, fertilizantes e de corretivos agrícolas só deverá ser feita se o monitoramento indicar a necessidade, o que significa além da preservação ambiental, economia de custos com insumos agrícolas, mais segurança alimentar e saúde para o trabalhador e o consumidor.
Saiba mais sobre o assunto na entrevista com o coordenador de produção integrada da cadeia agrícola do Mapa, Marcus Vinícius de Miranda Martins, fiscal federal agropecuário e engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal de Lavras – Ufla.
Embrapa Café: O que é a Produção Integrada do Café, como surgiu a motivação brasileira para esse iniciativa? Além do Ministério da Agricultura, quais instituições estão à frente desse processo?
Marcus Martins: Produção Integrada é um sistema de produção que gera alimentos e demais produtos de alta qualidade e seguros, mediante a aplicação de recursos naturais e regulação de mecanismos para a substituição de insumos poluentes, garantindo a sustentabilidade e viabilizando a rastreabilidade da produção agropecuária. Atualmente, a Produção Integrada tem atuação em mais de 30 cadeias produtivas agrícolas, entre elas, a cadeia produtiva do café. Essa iniciativa teve início em 2005, em uma parceria entre o Mapa e a Universidade Federal de Viçosa - UFV e tem como foco tornar o processo produtivo do café mais sustentável, por meio da adoção das Boas Práticas Agrícolas, rastreabilidade e sustentabilidade econômica e social. A implantação da Produção Integrada na cultura do café representa opção técnica e ambientalmente vantajosa para o controle dos principais problemas que afetam essa cultura. Diversas instituições participaram desse trabalho, entre UFV, Embrapa Café, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - Epamig, Ufla e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq.
Embrapa Café: O que é rastreabilidade e certificação de produto agrícola e como surgiram no Brasil? Como têm sido aplicados tradicionalmente à cultura do café?
Marcus Martins: Rastreabilidade na agropecuária pode ser definida como a identificação, acompanhamento e registro de todas as fases operacionais do processo produtivo, desde a fonte da produção até a comercialização. Certificar é garantir a procedência, qualidade, especificação e modelo de produção. Rastrear e certificar são processos que já são adotados há muitos anos em vários países e em vários setores da indústria, comércio e agricultura. Não dá para se precisar uma data específica, mas destacam-se como exemplos de adoção de rastreabilidade e certificação na agropecuária: a produção de carne e de frutas que, por exigências de outros países, tiveram que adotar esses processos para se garantir mercado. Na cultura do café, já existem várias protocolos de certificação, mas o diferencial da Produção Integrada é que é um processo de certificação com chancela de governo, no caso, do Mapa e do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - Inmetro.
Embrapa Café: De forma prática, como deverá funcionar a Produção Integrada do Café para que os objetivos de rastreabilidade, sustentabilidade e certificação sejam alcançados? Como esse sistema de produção propicia a realização desses três importantes valores agregados?
Marcus Martins: A metodologia de trabalho da Produção Integrada, de uma maneira geral, inicia-se com palestras de sensibilização de produtores e técnicos sobre o histórico, conceitos e situação atual da Produção Integrada. Posteriormente apresenta-se a norma da Produção Integrada do Café para que seja validada em campo nas diferentes regiões do Brasil. Produtores que quiserem se certificar pela Produção Integrada devem começar a adotar a norma pelo menos um ano antes da solicitação de certificação, para que possa haver um registro histórico das informações de produção, base para se obter a rastreabilidade e solicitar a auditoria de certificação. Antes de se obter a certificação, é necessário que ocorra a capacitação dos auditores das certificadoras e dos responsáveis técnicos das propriedades rurais. Instituições com corpo técnico qualificado podem organizar essas capacitações, desde que sigam a ementa dos cursos que consta em documento anexo às normas.
Embrapa Café: Como produtor, trabalhador, consumidor e sociedade serão beneficiados com a implantação da Produção Integrada do Café em lavouras brasileiras?
Marcus Martins: O café certificado pela adoção da produção integrada garante que o produtor cumpre a legislação vigente e produz café com rastreabilidade e sustentabilidade econômica, ambiental e social. O consumidor que adquirir esse café certificado terá a garantia de estar consumindo um alimento seguro e com garantia de qualidade.
Embrapa Café: O consumidor vem adquirindo consciência crescente sobre a importância de comprar produtos de qualidade. Mas muitos ainda dão preferência para o produto mais barato. A norma de Produção Integrada do Café deverá equacionar essa questão ao melhorar a qualidade também dos cafés de menor preço, mais acessível à população de baixa renda? A certificação poderá abarcar todos os tipos de café e preferências dos consumidores? Por que o consumidor deve preferir comprar produtos certificados?
Marcus Martins: Café certificado tem garantia de qualidade porque anualmente recebe uma auditoria que irá verificar se ele cumpre as normas de certificação. O cumprimento das normas de produção integrada pelo produtor garante que aquele café é seguro para o consumo. Os produtos certificados têm maior valor agregado, mas não necessariamente precisam ser mais caros. À medida que houver mais produtos certificados no mercado, mais baratos se tornarão. Pesquisas comprovam que atualmente o consumidor está disposto a pagar um pouco a mais no preço do produto para obter um produto com garantida de origem e qualidade.
Embrapa Café: Do ponto de vista ambiental, quais são os ganhos propiciados a partir da aplicação das normas da Produção Integrada do Café? Como será feito o monitoramento da aplicação de pesticidas, fertilizantes e de corretivos agrícolas para que sejam usados na medida da necessidade? O que isso poderá trazer de valor agregado ao produto?
Marcus Martins: Todo produto certificado pela produção integrada deve cumprir legislação vigente, inclusive a ambiental. O monitoramento do uso de insumos é feito por meio dos registros de todas as etapas da produção, inseridos em cadernos de campo e em cadernos de pós-colheita. Além disso, o produtor deve adotar todas as recomendações técnicas para a cultura e também as Boas Práticas Agrícolas. Todo esse acompanhamento do processo produtivo garante um produto com valor agregado, o que pode ser comprovado por testes laboratoriais, melhor apresentação, maior durabilidade e melhor sabor.
Embrapa Café: Tem conhecimentos sobre os estudos ligados à Produção Integrada do Café já realizados pelo Consórcio Pesquisa Café, cujo programa de pesquisa é coordenado pela Embrapa Café, e dos principais resultados obtidos? Teria sugestões de como o Consórcio Pesquisa Café poderia direcionar suas pesquisas e atividades de transferência de tecnologia para atender o desafio da Produção Integrada do Café?
Marcus Martins: Estive na última reunião do Consórcio Pesquisa Café, na qual foram apresentados o planejamento e os resultados já alcançados na execução dos trabalhos. Para a Produção Integrada do Café, é importante focar na pesquisa básica e de suporte em Manejo Integrado de Pragas - MIP; em mecanismos de adoção de rastreabilidade na cadeia produtiva do café e no desenvolvimento de tecnologias para uso racional de insumos agropecuários.
Embrapa Café: Acredita que as propriedades, de forma geral, estão preparadas para essa nova fase da cafeicultura? Como o Ministério e demais instituições estão se articulando para dar condições de efetiva implantação das normas de produção integrada do café no Brasil? Quais as ações já realizadas e as que estão por acontecer? Como será conduzida a adesão dos produtores?
Marcus Martins: A cadeia produtiva do café é uma das mais organizadas do agronegócio brasileiro e, portanto, os produtores não terão dificuldades em adotar as normas da Produção Integrada do Café. No curto prazo, nosso objetivo será realizar palestras de divulgação e sensibilização junto ao setor produtivo e, a médio prazo, elaborar campanha de promoção e divulgação tanto para o produtor quanto para o consumidor. Como a norma foi publicada há poucos dias, nesse momento, estamos na fase de elaboração de estratégias. Fomos convidados para apresentar, em novembro, a norma durante o VIII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil. A adesão dos produtores poderá ocorrer individualmente ou por meio de grupo de produtores. Nesse último caso, a associação ou cooperativa solicita a certificação em grupo, o que irá baratear os custos da certificação.
Embrapa Café: Para quando estão previstos os treinamentos para capacitação de técnicos? E a capacitação de produtores? Onde os produtores podem obter mais informações sobre a norma da Produção Integrada do Café, adoção da prática e o andamento das ações?
Marcus Martins: Estima-se que o primeiro treinamento para auditores e responsáveis técnicos ocorra no início de 2014. Quanto à capacitação de produtores, ela é contínua e acontecerá de acordo com a demanda do setor produtivo, podendo ocorrer sempre que houver demanda. As informações podem ser obtidas diretamente no MAPA pelo sitio (www.agricultura.gov.br), por email (producao.integrada@agricultura.gov.br) ou por telefone (61-32182390).
Embrapa Café: Como está a expectativa dos produtores de café e da sociedade em geral em relação à aplicação e resultados da norma da Produção Inegrada do Café?
Marcus Martins: A norma da Produção Inegrada do Café é um anseio do setor produtivo desde 2007, portanto foi muito bem recebida por quem tem interesse em produzir um café com sustentabilidade e garantia de origem. À medida que a norma for divulgada, temos certeza de que mais pessoas terão interesse em conhecê-la e adotá-la.
Embrapa Café: Há produtores de café que se adiantaram e já aplicam as diretrizes da Produção Inegrada do Café ou já adotam normas de certificação em suas propriedades? Como é feito o processo de certificação e quanto tempo dura?
Marcus Martins: Não temos conhecimento do número exato de produtores que já adotam as diretrizes da Produção Integrada do Café mas, especialmente em Minas Gerais, onde o trabalho a campo foi produzido, sabemos que muitos têm condições de adotar as normas.
Embrapa Café: A Produção Inegrada do Café e a certificação repercutem de que forma no mercado nacional e internacional? Do ponto de vista socio-econômico e ambiental, quais são os resultados e os impactos esperados para o agronegócio café e a economia brasileira?
Marcus Martins: O mercado nacional ainda não valoriza, como deveria, produto certificado com garantia de origem e com valor agregado, diferentemente dos mercados internacionais que exigem produtos com rastreabilidade ou certificados. Os resultados esperados são bastante promissores, seja por exigência dos compradores de café seja por iniciativa própria do setor produtivo.
Embrapa Café: Teria mais informações a acrescentar sobre o assunto?
Marcus Martins: Esperamos para 2014 uma grande adesão dos produtores brasileiros à Produção Integrada do Café com vistas à agregação de valor ao café brasileiro.
Conquista de todos – A norma sobre Produção Integrada do Café é resultado do esforço conjunto de pesquisadores, agentes da cadeia produtiva e consumidores cada vez mais conscientes da necessidade de investir em qualidade e valor agregado ao produto por meio da adoção de boas práticas agrícolas, visando à sustentabilidade econômica, social e ambiental. Em outras palavras, a norma é uma adaptação do conjunto de diretrizes técnicas desse sistema de produção em mecanismos de regulação para produzir alimentos de alta e diferenciada qualidade com sustentabilidade e competitividade.
As informações são da Embrapa Café, adaptadas pelo CafePoint
José Armando Nogueira
Bonito - Bahia - Produção de café
postado há 1 dia atrás
postado há 1 dia atrás
Verdade nua e crua.
Até agora medidas adotadas pelo governo não surtiram o menor efeito.
O café arábica está entre ridículos R$ 260,00 e miseráveis R$ 280,00.
Discutir assuntos para a próxima safra me parece tentativa de tapar o sol com a peneira e sem café para soprar. Porque o bolso está furado é agora. Uma das opiniões mais lúcidas, no meu modesto entendimento, foi expressada pelo senhor Breno Mesquita, da CNA,/Café, que disse o seguinte, abre aspas:
"Para os cafeicultores, o reajuste de 17% no valor, que agora está em R$ 307, não foi suficiente para cobrir os custos de produção. O setor desejava reajuste para R$ 350.
"Dependendo do sistema, é um custo de R$ 350 a R$ 400 por saca [para produzir]. Nas safras anteriores o preço estava bom. O cafeicultor investiu na atividade e teve maior produtividade que a normal. Agora vende abaixo do custo de produção. Isso é a quebra. Ninguém consegue trabalhar. O café é uma cultura perene, não se pode arrancar o pé e plantar outro ano. Políticas para culturas perenes têm que ser diferenciadas", Fecha aspas. Palavras do senhor Breno Mesquita.
Ele foi ao ponto: os cafeicultores, cujas lavouras são (ou deveriam ser) perenes, enfrentam a concorrência dos produtores de cereais e grãos em geral, em grandíssima escala, que compram adubos, em muitas situações, até duas ou três vezes por ano. Nada, absolutamente nada contra isso. Muito pelo contrário. Parabéns a todos eles. Mas o cafeicultor sofre as consequências dos preços pela demanda por adubo desses plantios. Como concorrer também com essa situação que colabora para elevação de custos? Essa discussão não caberia também nas planilhas das reuniões da CNC, OIC, MAPA, PIC, e outros órgãos mais? Afinal, o que se antevê, caso haja uma reação nos preços, é um contínuo desequilíbrio dessa balança, com os custos lá em cima, e a margem lá embaixo. Precisamos de uma revisão geral da politica de produção, custos, comercialização, e formação de preços locais e internacionais. De forma objetiva, clara, sem blablá.
Até agora medidas adotadas pelo governo não surtiram o menor efeito.
O café arábica está entre ridículos R$ 260,00 e miseráveis R$ 280,00.
Discutir assuntos para a próxima safra me parece tentativa de tapar o sol com a peneira e sem café para soprar. Porque o bolso está furado é agora. Uma das opiniões mais lúcidas, no meu modesto entendimento, foi expressada pelo senhor Breno Mesquita, da CNA,/Café, que disse o seguinte, abre aspas:
"Para os cafeicultores, o reajuste de 17% no valor, que agora está em R$ 307, não foi suficiente para cobrir os custos de produção. O setor desejava reajuste para R$ 350.
"Dependendo do sistema, é um custo de R$ 350 a R$ 400 por saca [para produzir]. Nas safras anteriores o preço estava bom. O cafeicultor investiu na atividade e teve maior produtividade que a normal. Agora vende abaixo do custo de produção. Isso é a quebra. Ninguém consegue trabalhar. O café é uma cultura perene, não se pode arrancar o pé e plantar outro ano. Políticas para culturas perenes têm que ser diferenciadas", Fecha aspas. Palavras do senhor Breno Mesquita.
Ele foi ao ponto: os cafeicultores, cujas lavouras são (ou deveriam ser) perenes, enfrentam a concorrência dos produtores de cereais e grãos em geral, em grandíssima escala, que compram adubos, em muitas situações, até duas ou três vezes por ano. Nada, absolutamente nada contra isso. Muito pelo contrário. Parabéns a todos eles. Mas o cafeicultor sofre as consequências dos preços pela demanda por adubo desses plantios. Como concorrer também com essa situação que colabora para elevação de custos? Essa discussão não caberia também nas planilhas das reuniões da CNC, OIC, MAPA, PIC, e outros órgãos mais? Afinal, o que se antevê, caso haja uma reação nos preços, é um contínuo desequilíbrio dessa balança, com os custos lá em cima, e a margem lá embaixo. Precisamos de uma revisão geral da politica de produção, custos, comercialização, e formação de preços locais e internacionais. De forma objetiva, clara, sem blablá.
Marumbi - Paraná - Produção de café
postado há 23 horas e 32 minutos atrás
postado há 23 horas e 32 minutos atrás
Caro Jose Armando.Me lembro bem dessa
declaração do sr.Breno.Eh a pura verdade,agora esperar que o governo
faça alguma coisa pelo cafeicultor,acho que podemos esquecer.Os milhões
de reais já tem destino certo.Fazer os aconchegos policos para o ano
que vem para perpetuarem de vez no poder.
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Museu do Café, além de um dos principais responsáveis pela preservação da história do café
no Brasil, é também referência de qualidade na comercialização do
produto, através de sua cafeteria. Com fluxo diário de 600 pessoas, e
venda de aproximadamente 450 xícaras de café por dia, a Cafeteria do Museu é premiada pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) com o status Premium, dentro do programa de abrangência nacional Circulo do Café de Qualidade. Além disso, por quatro anos consecutivos, recebeu da revista Veja o título de Melhor Cafeteria da Baixada Santista.
Por esses e tantos outros motivos, a Cafeteria do Museu é parada obrigatória para turistas e moradores da região que passam pelo Centro Histórico de Santos. Localizada no piso térreo do edifício da Bolsa Oficial de Café, a Cafeteria do Museu oferece um ambiente agradável e aconchegante, ideal para saborear um bom café. No entanto, seu cardápio vai muito além do tradicional “espresso”.
São diversas opções de bebidas quentes e geladas, drinks e doces a base de café, sanduíches e salgados, além de cafés das mais variadas regiões produtoras, para saborear na hora ou levar para casa.É também na Cafeteria do Museu que o visitante pode escolher um souvenir para guardar de lembrança. São objetos personalizados, como xícaras, camisetas, entre tantas outras opções. Ideal para levar de recordação ou presentear pessoas especiais.
Saiba mais:
Cardápio especial
Dicas de preparo de café
Conheça os cafés vendidos na Cafeteria do Museu
Entre em contato e saiba como adquirir o café da Cafeteria do Museu
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Horário de Funcionamento:
Segunda a sábado das 9h às 18h
Domingo das 10h às 18h
cafeteria@museudocafe.org.br
Domingo das 10h às 18h
cafeteria@museudocafe.org.br
08/08/2013 19:58:25
Daniela Novaes comentou em: 08/08/2013 19:52
#Super Interessante: Existe café em sachê?
Oráculo 8 de agosto de 2013
Oh, sábio Oráculo, detentor de todo conhecimento, estive conversando com um amigo e surgiu a dúvida: por que não se vende café em saquinhos como chás?
Guilherme Carlesso
Eu bebo, sim.
Rapazote, primeiro, o café em saquinho existe, sim. Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Café, a simpática Abic (essa sigla é fofa, não?), uma empresa de Minas Gerais oferece o produto. E outras também têm, quer ver só?
Mas os saquinhos não são muito comuns no mercado porque a bebida pode sofrer alterações de sabor e aroma ao ser preparada nessa forma. Diferentemente do chá (onde as folhas são apenas desidratadas, moídas e colocadas no sachê), os grãos de café passam por um processo de torra que é decisivo na determinação dos compostos aromáticos que a bebida vai ter.
Em saquinhos, alguns desses compostos podem acabar se perdendo ou sendo modificados, o que, por consequência, muda o sabor e o aroma da bebida. Agora com licença que vou tomar um glorioso café da máquina. Ecati.
(crédito da imagem: Eustaquio Santimano)
Super Interessante
Colecionador busca parceiros para o projeto “Museu Virtual do Cafezinho”
Autor: Daniela Novaes
503 visitas
1 comentários
Último comentário neste tópico em: 09/08/2013 07:15:49
Daniela Novaes comentou em: 08/08/2013 11:17
Colecionador busca parceiros para o projeto “Museu Virtual do Cafezinho”
Com um acervo de aproximadamente novecentas peças, bibliotecário paulista quer enfocar o consumo do café em ambiente virtual
Por Daniela Novaes – Rede Social do Café
Bibliotecário e residente na cidade de São Paulo há 40 anos, José Domingos Brito, tem uma vasta coleção de xícaras e pires, juntados durante 20 anos. Colecionador nato, Brito já colecionou rolhas de vinho e latas de manteiga.
A ideia -Com uma coleção de aproximadamente 900 peças, todas impressas com logotipos e marcas, o colecionador teve a ideia de montar o Museu do Cafezinho. O conceito surgiu à época em que sua esposa precisava de um tema para a tese de conclusão do curso de pós-graduação em Patrimônio Cultural, incentivada pelo professor, que interessou pelo projeto.
Impossibilitado de criar um museu real, devido à falta de recursos e com a necessidade de divulgar seu projeto, surgiu uma nova proposta. “A ideia de fazer um museu virtual seria mais fácil para que eu pudesse angariar recursos ou parceiros em sua concretização real. Mais especificamente, a intenção era sensibilizar algum órgão púbico ou empresa de café interessada em sua concretização”, explicou José Domingos Brito.
Ambiente virtual - Aproveitando o ensejo de que, o ambiente virtual é mais propício para a divulgação, devido à rapidez da troca de informações na internet, um de seus focos é que a cidade de São Paulo, capital do estado, também possua esse reconhecimento à importância do café na história brasileira.
A cidade de Ribeirão Preto possui um museu com acervo dedicado ao cultivo e produção de café e a cidade de Santos tem museu com peças voltadas ao comércio e exportação da bebida. Nesse contexto, entra o diferencial da ideia de Brito: enfocar o consumo do cafezinho. “Nos museus existentes, o consumo do café, em sua expressão maior e como fator cultural relevante em todo o mundo, não dão ênfase ao consumo da bebida” explicou o bibliotecário. Além disso, a expectativa do colecionador vai mais longe: “O Brasil, na condição de maior produtor mundial de café, é responsável pela documentação de sua história. Quero criar um Centro de Documentação do Café, incluindo o museu e um acervo de livros e informações sobre o café, sua história e sua importância para a história do Brasil, sua importância cultural como aglutinador de pessoas e ideias. É sabido que grandes acontecimentos históricos foram costurados em torno de uma mesa regada a cafezinho” contou.
Museu Virtual - O projeto resume a história do café no mundo e sua chegada ao Brasil, por meio de apresentação explicativa e um breve histórico do café no Brasil e no mundo, além da exposição virtual das xícaras de café devidamente identificadas, que trazemgravado o logotipo/emblema da marca ou do local (estabelecimentos comerciais, instituições públicas e empresas públicas e privadas) onde o cafezinho foi servido.Como complemento, o Museu contará com uma seção denominada “Café & Literatura”, onde é apresentada uma coletânea de frases e citações literárias referentes ao café, bem como textos extraídos de destacadas obras da literatura universal, onde o cafezinho é citado explicitamente e ainda um levantamento bibliográfico sobre a história, industrialização,comércio e consumo do café no Brasil.Posteriormente, o Museu poderá também, incorporar outras peças tais como objetos, livros e publicações referentes ao cultivo, industrialização, comércio e consumo do café.
Assim, a criação deste site vem preencher essa lacuna contemplando o consumo do café com um museu virtual do cafezinho, preservando sua história e reconhecendo sua importância como traço cultural não apenas do povo brasileiro mas de diversos povos no mundo.
Parcerias -Brito está em busca de parcerias e mecanismos financeiros para dar início ao Museu Virtual do Cafezinho, visando a preservação de seu acervo, democratização do acesso a história do café, por meio de um processo continuado de identificação, preservação e comunicação.
Contato :
José Domingos Brito
E-mail: literacria@gmail.com
Telefone: (11) 2991-3247
Fontes:
enregistré en mai 1954 Vinyl Vox
RIRRATTO RIRRATTO·934 vídeos
Enviado em 02/11/2011- Licença padrão do YouTube
Embrapa-Café
Embrapa-Café
postado em 11/10/2013